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Europa

Eleições na Europa: conservadores obtêm maior nº de cadeiras

Partido Popular Europeu deve conquistar 212 das 751 cadeiras das Eurocâmara; pela primeira vez, neonazistas conquistam lugar no Parlamento

25 mai 2014 - 18h33
(atualizado às 21h36)
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<p>Público observa projeção das eleições para o Parlamento Europeu mostrada em telão</p>
Público observa projeção das eleições para o Parlamento Europeu mostrada em telão
Foto: Reuters

Os conservadores do Partido Popular Europeu (PPE) totalizam 212 cadeiras nas eleições para o Parlamento Europeu, encerradas neste domingo, seguidos dos social-democratas, com 185; e dos liberais, com 71, de acordo com última projeção do Parlamento Europeu.

Nesse novo Parlamento de 751 assentos, os partidos antissistema, antieuropeus e de extrema direita - inexistentes na legislatura em final de mandato - somam 143 cadeiras, segundo as estimativas.

Entre eles, estão a Frente Nacional francesa, o Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) e o holandês Partido da Liberdade (PVV), que já tinham eurodeputados, mas não faziam parte de qualquer grupo político. Para isso, é necessário a obtenção de um mínimo de 25 eurodeputados de sete nacionalidades.

Os que não estavam representados, como o movimento antissistema Cinco Estrelas, de Beppe Grillo, o partido Alternativa pela Alemanha (AfD, antieuro), ou Amanhecer Dourado (ou Aurora Dourada) da Grécia, foram colocados pelo Parlamento sob a categoria "outros", somando 67 cadeiras.

O grupo dos conservadores britânicos e poloneses (ECR, Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus) teria 40 vagas.

Já o grupo EFD (Europa da Liberdade e da Democracia), que conta em suas fileiras com os antieuropeus do Partido para a Independência do Reino Unido (Ukip), conseguiu 36 cadeiras.

<p>Jean-Claude Juncker, candidato a presidente do Parlamento Europeu, pelo Partido Popular Europeu (PPE),  de centro-direita, discursa após os primeiros resultados das eleições europeias, neste domingo, 25 de maio</p>
Jean-Claude Juncker, candidato a presidente do Parlamento Europeu, pelo Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, discursa após os primeiros resultados das eleições europeias, neste domingo, 25 de maio
Foto: AFP

Os Verdes alcançam 55 assentos, enquanto o grupo da esquerda radical (GUE/NGL, Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia / Esquerda Verde Nórdica) soma 45.

O principal candidato do PPE, o ex-primeiro-ministro de Luxemburgo Jean-Claude Juncker, imediatamente reivindicou o direito de chefiar a Comissão Europeia.

O PPE é, desde 1999, o partido com maior representatividade no Parlamento Europeu, no Conselho Europeu, desde 2002, e na Comissão Europeia. Muitos dos fundadores da União Europeia, foram também os fundadores do PPE. 

Neonazistas chegam ao Parlamento europeu pela primeira vez

Candidatos de formações neonazistas poderão ingressar pela primeira vez no Parlamento Europeu, de acordo com pesquisas de boca de urna sobre as eleições europeias realizadas neste domingo.

Com a expectativa de conquistar entre 9% e 10% dos votos, segundo projeções, o partido neonazista grego Amanhecer Dourado poderá enviar de dois a três deputados para Estrasburgo, sede da Eurocâmara, no leste da França). Ainda mais simbólico, o partido neonazista alemão NPD (Partido Nacional-Democrata da Alemanha) poderá enviar um deputado.

O Amanhecer Dourado foi fundado nos anos 1980 por Nikos Mihaloliakos, que nunca escondeu sua admiração por Adolf Hitler e, em 2012, negou publicamente o extermínio dos judeus por parte dos nazistas. Hoje, é o terceiro partido na Grécia, canalizando a raiva dos gregos com a crise e com a receita de austeridade imposta como remédio para o país.

O NPD alemão é abertamente xenófobo, antissemita e antidemocrático. No ano passado, os Estados regionais alemães lançaram uma campanha para proibir esse partido, que conta com cerca de 6.000 militantes.

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Com informações das agências Reuters, EFE e AFP.

Fonte: Terra
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