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Cocaína domina mercado ilícito e é responsável por quase metade do faturamento das drogas na França

O tráfico de cocaína foi a substância que gerou mais dinheiro no mercado de drogas ilícitas na França metropolitana em 2023, com um faturamento médio estimado em € 3,1 bilhões. A droga ficou à frente da maconha, entorpecente muito mais consumido, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira (8).

8 dez 2025 - 14h45
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A pesquisa foi conduzida por Christian Ben Lakhdar e Sophie Massin, dois professores da Universidade de Lille, situada a 220 quilômetros de Paris. Eles estimam em € 6,8 bilhões o faturamento global do mercado de drogas ilícitas na França (excluindo os territórios ultramarinos) em 2023, quase o triplo do registrado em 2010 (€ 2,3 bilhões).

Entre 2010 e 2023, o volume de cocaína consumida triplicou na França Metropolitana, indica o estudo (imagem ilustrativa).
Entre 2010 e 2023, o volume de cocaína consumida triplicou na França Metropolitana, indica o estudo (imagem ilustrativa).
Foto: © Getty images/Jose Azel / RFI

Essa estimativa média está compreendida, como todas as demais da pesquisa, entre uma projeção baixa, de € 3,8 bilhões, e uma alta, de € 9,7 bilhões.

O principal objetivo do estudo, divulgado pelo Observatório Francês das Drogas e das Tendências Aditivas (OFDT) e financiado pela Missão Interministerial de Luta contra as Drogas e os Comportamentos Aditivos (Mildeca), é apontar a forte alta do faturamento do mercado da cocaína. Entre 2010 e 2023, ele passou, em média, de € 902 milhões para € 3,1 bilhões, superando o mercado da maconha (de € 1,1 bilhão para € 2,7 bilhões).

"A maconha e a cocaína geram, sozinhas, cerca de 90% do total do faturamento das drogas ilícitas em 2023", explicam Christian Ben Lakhdar e Sophie Massin, na nota publicada pelo OFDT.

Entre 2010 e 2023, o volume de cocaína consumida triplicou, segundo a estimativa média, de 15 toneladas para 47,1 toneladas, ainda bem atrás da maconha, primeiro mercado em volume, cuja demanda passou de 224,5 toneladas para 397,4 toneladas (excluindo doações e autocultivo).

A evolução "da relação preço-pureza" da cocaína "faz dessa substância um produto cada vez mais barato e, portanto, acessível a um número maior de pessoas", alertam os autores.

"Essas estimativas confirmam a forte explosão do consumo de entorpecentes observada nas últimas décadas: em 20 anos, o número de pessoas que experimentaram a cocaína quadruplicou", declarou Nicolas Prisse, presidente da Mildeca, citado no comunicado de imprensa.

"O enorme avanço do mercado da cocaína, que coloca à prova as forças de segurança, a Justiça, os profissionais de saúde e todos os nossos territórios, destaca a necessidade de reforçar a ação pública, tanto na oferta quanto na demanda", afirmou Prisse.

Outra fonte de preocupação destacada pelo estudo é o forte aumento do mercado de outros entorpecentes, como anfetaminas e ecstasy/MDMA.

"As quantidades consumidas de ecstasy/MDMA são estimadas em 65,6 milhões de comprimidos em 2023" (contra 11,3 milhões em 2010), e o faturamento desse mercado, "bem menos elevado que o da cocaína", registra "o maior crescimento de todas as drogas em valor, com 637% de aumento entre 2010 e 2023".

Com AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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