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Acordo comercial entre União Europeia e EUA avança, mas Bruxelas mantém alerta de retaliação

A União Europeia e os Estados Unidos caminham para um acordo comercial antes da data limite de 1º de agosto. No entanto, apesar do otimismo de Bruxelas, os europeus mantêm um plano de represálias em caso de fracasso nas negociações, visando proteger seus interesses do bloco diante da postura agressiva de Donald Trump.

24 jul 2025 - 09h25
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A União Europeia e os Estados Unidos caminham para um acordo comercial antes da data limite de 1º de agosto. No entanto, apesar do otimismo de Bruxelas, os europeus mantêm um plano de represálias em caso de fracasso nas negociações, visando proteger seus interesses do bloco diante da postura agressiva de Donald Trump.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e o presidente dos EUA, Donald Trump. Imagem ilustrativa.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e o presidente dos EUA, Donald Trump. Imagem ilustrativa.
Foto: © AFP - JOHN THYS,NICHOLAS KAMM (colaj) / RFI

Segundo o porta-voz da Comissão Europeia, Olof Gill, o acordo está "ao alcance das mãos". Fontes diplomáticas indicam que o pacto prevê tarifas de 15% sobre exportações europeias aos Estados Unidos, com isenções para setores estratégicos como aeronáutica, bebidas e medicamentos. Um segundo acordo, voltado ao aço, estipula cotas de importação provenientes da União Europeia com sobretaxa de 50% para excedentes.

O modelo segue parâmetros do recente acordo EUA-Japão, que inclui tarifas equivalentes e investimentos bilaterais. A proposta, no entanto, depende da aprovação final de Trump, que já descartou versões anteriores mais favoráveis à Europa.

Em resposta à ameaça de Washington de impor tarifas de 30% a partir de 1º de agosto, os países da UE finalizaram uma lista de produtos americanos que poderão ser alvo de sanções, somando € 93 bilhões, cerca de R$ 603 bilhões.

Bruxelas quer demonstrar uma posição de força nesta reta final das negociações e está pronta para lançar sua cartada diplomática mais poderosa - acionar o chamado "instrumento anti-coerção", que pode bloquear investimentos e suspender o acesso ao mercado público europeu. A aplicação dessa ferramenta exige maioria qualificada, agora alcançada graças ao apoio de Berlim.

França e Alemanha, principais potências da UE, buscam um desfecho equilibrado, mas pressionam pela preparação de medidas paralelas de defesa comercial. Ainda assim, especialistas como o economista belga Eric Dor alertam para o risco de "capitulação", diante de uma economia europeia já enfraquecida.

Embora os EUA apresentem déficit de € 157 bilhões em bens no comércio com a Europa, Bruxelas destaca o superávit americano em serviços, com saldo positivo de € 109 bilhões em 2023 - o que, segundo a Comissão, equilibra as trocas transatlânticas.

(Com AFP)

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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