EUA e China avançam em acordo de exportações de terras raras e tarifas recíprocas
Os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo sobre a aceleração das exportações de terras raras, declarou nesta sexta-feira (27) o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent. O compromisso deve aliviar ainda mais as tensões entre os dois países, já que a China havia suspendido em abril as entregas minerais e ímãs em represália às tarifas americanas chamadas de "recíprocas".
Os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo sobre a aceleração das exportações de terras raras, declarou nesta sexta-feira (27) o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent. O compromisso deve aliviar ainda mais as tensões entre os dois países, já que a China havia suspendido em abril as entregas minerais e ímãs em represália às tarifas americanas chamadas de "recíprocas".
A decisão atrapalhou as cadeias de abastecimento de montadoras de automóveis, indústrias aeroespaciais, empresas de semicondutores e companhias de defesa em todo o mundo. "Estou agora certo, como combinado, de que os ímãs circularão", garantiu Bessent.
Durante as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China em maio, em Genebra, Pequim se comprometeu a suspender as medidas impostas desde 2 de abril e aliviar outras medidas não-tarifárias.
Mas os materiais não foram encaminhados a tempo, explicou Bessent em uma entrevista concedida à Fox Business Network.Os Estados Unidos então acusaram o país de descumprir o acordo e de atrasar a emissão de licenças de exportação de terras raras.
As chamadas terras raras são metais usados em produtos como smartphones, turbinas eólicas e veículos elétricos. Eles são considerados essenciais para a economia global.
Em junho, durante nova rodada de negociações em Londres, os dois países chegaram a um esboço de acordo para amenizar os conflitos comerciais.
Avanços
Na quinta-feira (25), a Casa Branca informou que houve avanços nas relações comerciais com a China. Um porta-voz afirmou que representantes dos dois países validaram um acordo que prevê a aceleração das exportações de terras raras para os Estados Unidos.
O secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmou à Bloomberg TV que o acordo foi assinado. Pequim confirmou o consenso.
"A China espera que os Estados Unidos avancem na mesma direção", disse um porta-voz do Ministério do Comércio chinês. "Recentemente, após aprovação, as duas partes confirmaram os detalhes da aplicação"
Segundo o ministério, a China analisará e aprovará, conforme a legislação, os pedidos de exportação de itens controlados que atendam aos requisitos. Em contrapartida, Washington suspenderá uma série de medidas restritivas contra o país asiático.
Terras raras são prioridade
A prioridade dos Estados Unidos é garantir o acesso às terras raras, das quais a China é o maior produtor mundial. Desde abril, o governo chinês passou a exigir licenças para exportar sete tipos desses metais, o que foi interpretado como retaliação às tarifas americanas.
A Casa Branca também anunciou a possibilidade de adiar o prazo de 9 de julho, quando entrariam em vigor novas tarifas sobre importações de dezenas de países.
Desde que reassumiu a Presidência, Trump impôs tarifas sobre setores como aço e alumínio, além de aplicar taxas elevadas a diversos parceiros comerciais. Em abril, suspendeu temporariamente essas medidas para permitir negociações.
(Com informações da AFP)