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Estados Unidos

Na ONU, Trump ameaça "destruir Coreia do Norte"

19 set 2017 - 11h39
(atualizado às 12h05)
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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, durante discurso na assembleia da ONU
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, durante discurso na assembleia da ONU
Foto: Reuters

Em sua estreia em Assembleias-Gerais das Nações Unidas, o presidente norte-americano, Donald Trump, fez um discurso hoje (19) essencialmente baseado em segurança e prometeu vencer o terrorismo e as ameaças nucleares da Coreia do Norte. "Terrorismo e extremismo ganharam força e se espalharam por todos os países", disse Trump. "Precisamos garantir que as crianças sejam criadas livres do medo". Referindo-se ao programa nuclear norte-coreano e aos testes de mísseis conduzidos pelo ditador Kim Jong-un, Trump afirmou que "nenhuma nação do mundo tem o interesse de ver esse bando com armas nucleares e mísseis".

"Não teremos escolha senão destruir totalmente a Coreia do Norte", ameaçou o magnata republicano, caso o país não desista de suas ambições, as quais Trump chamou de "missão suicida".

"Mas esperamos que isso não seja necessário, por isso existe a ONU. É isso que as Nações Unidas fazem. Eu gostaria de agradecer pelas votações no Conselho de Segurança e convidar a China e a Rússia a se juntarem e imporem todas as sanções comerciais e financeiras à Coreia do Norte", pediu. "Chegou a hora de nos juntarmos para interromper o regime de Kim".

A Coreia do Norte enviou hoje uma comissão de cinco pessoas, além do ministro de Relações Exteriores, para Nova York para acompanhar os debates da ONU. 

Ja Song Nam, embaixador da Coreia do Norte na Assembleia da ONU, levantou-se e deixou a sessão quando Trump fez críticas e ameaçou destruir o país.
Ja Song Nam, embaixador da Coreia do Norte na Assembleia da ONU, levantou-se e deixou a sessão quando Trump fez críticas e ameaçou destruir o país.
Foto: Reuters

Ao abordar a luta contra o terrorismo, Trump também pediu apoio dos países-membros das Nações Unidas. Ele informou que as missões norte-americanas no Oriente Médio, como na Síria, no Iraque e no Afeganistão, serão baseadas a partir de agora em uma série de fatores, analisando cada uma das opções. Assim como já vinha dizendo desde sua campanha à Casa Branca, Trump voltou a definir o acordo nuclear com o Irã como uma das piores coisas para os EUA. O republicano também criticou mais uma vez o regime sírio, de Bashar al-Assad, e defendeu uma solução para a crise imigratória baseada em apoio financeiro para que as pessoas continuem em seus países.

Contrário a acolher de maneira ampla os refugiados e imigrantes, Trump alegou que é mais eficaz dar suporte para que as pessoas reconstruam suas vidas na terra natal. Em seu longo discurso, de quase 40 minutos, o presidente norte-americano citou também Cuba, ressaltando que as sanções financeiras e econômicas continuarão até que o regime de Raúl Castro faça reformas políticas. Em outro momento, Trump reafirmou a necessidade de resolver a crise política na Venezuela e elogiou os resultados econômicos registrados nos EUA desde sua posse, no início do ano.

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