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Estados Unidos

Ministro sírio diz que inspetores poderão acessar instalações do regime

14 set 2013 - 10h52
(atualizado às 11h34)
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O ministro de Reconciliação da Síria, Ali Haidar, afirmou neste sábado que os inspetores internacionais que supervisionarão o desmantelamento do arsenal químico de Damasco poderão acessar "facilmente" as instalações do regime.

"Acho que os inspetores internacionais poderão fazer seu trabalho, porque todas as instalações do governo não são apenas seguras, mas também acessíveis", disse Haidar à Agência Efe.

O ministro afirmou que os lugares onde se encontram as armas químicas "ainda estão protegidos pelo governo sírio, por isso o acesso será bastante fácil".

"A Síria necessitava de um alívio da pressão internacional. Queremos proteger nosso povo e não ser arrastados em direção a um conflito imprevisível com os Estados Unidos", ponderou.

Washington e Moscou chegaram a um acordo hoje que dá ao regime de Bashar al Assad um prazo de uma semana para que Damasco preste contas de seu armamento químico e para que os inspetores se desloquem para o país até no máximo em novembro.

Após três dias de negociação em Genebra (Suíça), o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, pactuaram também que a Síria deve estar completamente livre de armas químicas até meados de 2014.

Kerry advertiu que se o regime de Assad descumprir seu compromisso de entregar seu arsenal químico sofrerá sanções, que deverão ser decididas pelo Conselho de Segurança da ONU.

Neste sábado, o chefe do Exército Livre Sírio (ELS), Salim Idris, rejeitou o acordo entre Rússia e EUA e afirmou que os rebeldes continuarão sua luta contra o regime.

A Síria deu na quinta-feira o primeiro passo para demonstrar sua vontade de cumprir o plano de Moscou e evitar assim uma intervenção militar dos Estados Unidos.

A ONU recebeu neste dia um documento das autoridades sírias por meio do qual iniciaram os trâmites legais para se unir à Convenção Internacional para a Proibição das Armas Químicas.

EFE   
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