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Estados Unidos

EUA e Rússia decidem manter esforços por solução diplomática na Síria

John Kerry e Serguei Lavrov se reuniram em Genebra para debater a proposta de Bashar al-Assad de entregar as armas quimicas sírias

12 set 2013 - 14h55
(atualizado em 4/12/2013 às 15h51)
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O secretário de Estado americano, John Kerry, cumprimenta o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov
O secretário de Estado americano, John Kerry, cumprimenta o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov
Foto: AP

Os chanceleres dos Estados Unidos e da Rússia comunicaram na noite desta quinta-feira em Genebra, na Suíça (tarde em Brasília) que, apesar de suas conhecidas divergências, estão trabalhando em conjunto com o objetivo de alcançar uma solução diplomática para a crise das armas químicas da guerra civil Síria. O anúncio foi feito após o término de uma reunião convocada para tentar aproximar os dois países em suas posições sobre a proposta do presidente sírio, Bashar al-Assad, de abrir mão de suas armas químicas.

"Os Estados Unidos e a Rússia têm suas diferenças, mas concordamos que sírios morreram no dia 21 de agosto, e que nossa tarefa é eliminar essas armas", declarou o secretário de Estado americano, John Kerry, em referência ao suposto ataque químico na periferia de Damasco, no qual teriam morrido, segundo a oposição, até 1,4 mil pessoas. "A delegação russa apresentou algumas ideias e nós as respeitamos. E nós temos nossas próprias propostas", resumiu Kerry ao lado do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov.

O anúncio de Genebra, todavia, não foi muito além de uma dose extra de paciência para ver resultados da promessa de Assad de entregar suas armas químicas à comunidade e internacional. Mais cedo, em entrevista a uma emissora russa, o contestado líder sírio confirmou sua intenção de se desfazer do armamento químico do seu Exército e de assinar o tratado da ONU que bane o uso e existência deste tipo de equipamento bélico.

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O Terra compilou alguns dos principais materiais fotográficos disponibilizados ao longo destes mais de dois anos de guerra na Síria. Cada imagem leva a uma galeria que conta um episódio específico ou remete a uma situação importante do conflito.

As palavras de Assad foram acolhidas com criticismo por Kerry. "Eu vi notícias de que o regime sírio seguirá os procedimentos padrões para entregar suas armas nucleares, mas suas palavras não são suficientes", disse. Mais cedo, a ONU anunciou que recebeu documentos sírios para adesão à Convenção para a Proibição de Armas Químicas, e o próprio Assad disse que as inspeções poderiam começar em 30 dias.

A expectativa recai agora sobre o andamento das promessas, período no qual Washington manterá a pressão sobre Damasco, enquanto esta seguirá recebendo a tutela de Moscou. Lavrov disse em Genebra que a entrega das armas torna "qualquer ataque desnecessário". "Tenho certeza que nossos colegas americanos estão convencidos que devemos seguir a via pacífica para resolver o conflito sírio", afirmou antes do início da reunião com Kerry.

Kerry tratou de apoiar a tese e afirmou que "uma solução pacífica é claramente preferível", mas reafirmou que, caso as ações prometidas de Assad não sejam cumpridas, uma intervenção pode, mais uma vez, voltar à mesa de opções do presidente Barack Obama.

As comissões russa (esq.) e americana, lideradas pelos chanceleres Lavrov e Kerry (centro), na reunião em Genebra
As comissões russa (esq.) e americana, lideradas pelos chanceleres Lavrov e Kerry (centro), na reunião em Genebra
Foto: AP

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Fonte: Terra
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