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Estados Unidos

Confira na íntegra o discurso de Bush após os ataques de 11/9

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Senhores presidentes da Câmara e do Senado, senhores congressistas e meus compatriotas norte-americanos: No curso normal dos acontecimentos, os presidentes dos Estados Unidos costumam vir a esta Casa para reportar sobre o Estado da União. Hoje, não é necessário reportar quanto a isso. O povo norte-americano já demonstrou o estado de nossa união.

Confira na nuvem de tags as palavras mais usadas por Bush no primeiro discurso após os atentados de 11/9
Confira na nuvem de tags as palavras mais usadas por Bush no primeiro discurso após os atentados de 11/9
Foto: Wordle.net / Reprodução

Nós a testemunhamos na coragem dos passageiros que atacaram terroristas para salvar pessoas em terra ¿passageiros como um homem excepcional chamado Todd Beamer - e por favor unam-se mim em uma saudação a Lisa Beamer, sua mulher, aqui presente esta noite. (Aplausos)

Percebemos a força de nossa união na persistência das equipes de resgate, que continuaram e continuam a trabalhar apesar da exaustão. Nós a vimos nas bandeiras desfraldadas, nas velas votivas acesas, nas doações de sangue, nas orações - em inglês, hebraico e árabe. Nós a vimos na decência de pessoas generosas e amáveis que fizeram da dor de desconhecidos a sua dor.

Meus concidadãos, nos últimos nove dias, o mundo inteiro pôde testemunhar por si só qual é o estado de nossa União.

Hoje somos um país que despertou para o perigo e que foi conclamado a defender a liberdade. Nosso pesar se tornou ira, e nossa ira se tornou determinação. Quer tragamos nossos inimigos à Justiça ou quer levemos justiça aos nossos inimigos, saibam que a justiça será feita. (Aplausos)

Agradeço ao Congresso por sua liderança em um momento de tamanha importância. Todo o país se comoveu, na noite da tragédia, ao ver democratas e republicanos unidos nos degraus do Congresso, cantando "God Bless America". E os senhores fizeram mais que cantar: agiram, ao assinar um pacote que oferecerá US$ 40 bilhões à reconstrução de nossas comunidades atacadas e para atender às necessidades urgentes de nossas forças armadas.

Presidente Hastert, líder da minoria da Câmara Gephardt, líder da maioria da Câmara Daschle e senador Lott, agradeço-lhes por sua amizade, por sua liderança e por seus serviços ao país.

E, em nome do povo norte-americano, agradeço ao mundo pelo apoio demonstrado. Os Estados Unidos jamais esquecerão o som de nosso hino nacional tocado no Palácio de Buckingham, nas ruas de Paris e no Portão de Brandemburgo, em Berlim.

Não esqueceremos tampouco das crianças sul-coreanas que oraram do lado de fora de nossa embaixada em Seul, ou das orações de simpatia oferecidas no Cairo. Não esqueceremos os minutos de silêncio e os dias de luto oficiais decretados na Austrália, África e América Latina.

E tampouco esqueceremos os cidadãos de 80 outros países que morreram em companhia dos nossos compatriotas: dezenas de paquistaneses, mais de 130 israelenses, mais de 250 indianos, homens e mulheres de El Salvador, México, Irã e Japão, e centenas de cidadãos britânicos. Os Estados Unidos não contam com amigo mais leal que a Grã-Bretanha. Uma vez mais, estamos unidos em defesa de uma grande causa - e muito me honra que o primeiro-ministro tenha atravessado o oceano para demonstrar essa unidade de propósito. Obrigado por ter vindo, amigo. (Aplausos)

Em 11 de setembro, os inimigos da liberdade cometeram um ato de guerra contra o nosso país. Os norte-americanos têm experiência com guerras -mas, nos últimos 136 anos, elas vêm acontecendo sempre em território estrangeiro, exceto por um domingo de 1941. Os norte-americano conhecem as baixas que as guerras causam ¿mas não no centro de uma grande cidade e em uma manhã pacífica. Os norte-americano conhecem ataques de surpresa -mas nunca antes tendo como alvos milhares de civis. Tudo isso foi imposto a nós em um único dia - e a noite caiu sobre um mundo mudado, no qual a liberdade mesma está sob ataque.

Os norte-americanos têm muitas questões, esta noite. Estão perguntando quem atacou o nosso país. As provas recolhidas apontam para uma coalizão de organizações terroristas frouxamente afiliadas conhecida como Al Qaeda. Trata-se dos mesmos assassinos indicados por atentados a bomba contra as embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, e dos responsáveis pelo ataque ao destroier USS Cole.

A Al-Qaeda está para o terrorismo assim como a máfia está para o crime. Mas seu objetivo não é ganhar dinheiro, e sim reordenar o mundo - impondo suas crenças radicais às pessoas de todas as partes.

Os terroristas praticam uma forma radical de extremismo islâmico que foi rejeitada por estudiosos da religião islâmica e pela vasta maioria dos líderes religiosos muçulmanos - um movimento marginalizado que perverte os ensinamentos pacíficos do islamismo. As ordens dos terroristas são de que devem matar cristãos e judeus, matar todos os norte-americanos e não fazer distinções entre militares e civis, incluindo mulheres e crianças.

Este grupo e seu líder ¿um homem chamado Osama bin Laden- estão vinculados a muitas outras organizações em diferentes países, entre os quais a Jihad Islâmica, no Egito, e o Movimento Islâmico do Uzbequistão. Suas fileiras abarcam milhares de terroristas, em mais de 60 países. São recrutados em suas nações e territórios vizinhos, e levados a campos em lugares como o Afeganistão, nos quais são treinados nas táticas do terrorismo. Mais tarde, são enviados de volta aos seus lares ou para países de todo o mundo nos quais se ocultam a fim de planejar o mal e a destruição.

A liderança da Al Qaeda tem grande influência no Afeganistão e apoia o regime do Talibã em seu controle sobre a maior parte daquele país. No Afeganistão, vemos a visão da Al-Qaeda para o mundo.

O povo do Afeganistão vem sendo brutalizado - muitos cidadãos estão passando fome e outros tantos fugiram. As mulheres não podem frequentar escolas. Uma pessoa pode ser aprisionada porque tem um televisor. A religião só pode ser praticada na forma ditada pelos líderes afegãos. No Afeganistão, um homem pode ser encarcerado porque sua barba é insuficientemente comprida.

Os Estados Unidos respeitam o povo do Afeganistão - somos, afinal, a maior fonte de assistência humanitária ao país -, mas condenamos o regime do Taleban. Não apenas os seus líderes reprimem o povo que governam como ameaçam outros povos ao abrigar e abastecer terroristas. Ao auxiliar e facilitar homicídios, o regime do Taleban está ele mesmo cometendo homicídios.

E esta noite, os Estados Unidos da América fazem as seguintes exigências ao Taleban: que entreguem às autoridades norte-americanas todos os líderes da Al Qaeda que se ocultam em seu território. (Aplausos)

Que libertem todos os cidadãos estrangeiros, entre os quais norte-americanos, detidos injustamente. Que protejam os jornalistas, diplomatas e trabalhadores de assistência estrangeiros que trabalham em seu país. Que fechem imediata e permanentemente todos os campos de treinamento de terroristas no Afeganistão, e entreguem todos os terroristas e todas as pessoas que lhes prestam apoio, às autoridades adequadas. (Aplausos)

Que deem aos Estados Unidos pleno acesso aos campos de treinamento de terroristas de modo a que possamos garantir que estes já não estejam operando. Essas exigências não estão abertas a negociações ou discussão. (Aplausos)

O Talibã precisa agir, e agir imediatamente. Eles nos entregarão os terroristas ou compartilharão do destino que caberá a estes.Também quero falar esta noite diretamente aos muçulmanos de todo o mundo.

Respeitamos sua fé. Ela é praticada livremente por milhões de norte-americanos, e por milhões de outras pessoas em países que os Estados Unidos contam como amigos. Os ensinamentos de sua doutrina são bons e pacíficos, e aqueles que praticam o mal em nome de Alá, estão blasfemando contra Alá. (Aplausos)

Os terroristas são traidores de sua fé, e tentam, na prática, tomar indevidamente o controle do Islã. Os inimigos dos Estados Unidos não são nossos muitos amigos muçulmanos; não são os nossos muitos amigos árabes. Nosso inimigo é uma rede radical de terroristas e todos os governos que a apoiam.

Nossa guerra contra o terrorismo começa com a Al Qaeda, mas não se encerrará com ela. Não terminará até que todos os grupos terroristas de alcance mundial tenham sido identificados, detidos e derrotados.

Os norte-americanos querem saber por que eles nos odeiam. Odeiam-nos pelo que estamos vemos agora aqui nesta Casa - um governo democraticamente eleito. Os líderes deles se apontam sem consultar o povo. Odeiam nossas liberdades - nossa liberdade de religião, nossa liberdade de expressão, nossa liberdade de votar, nossa liberdade de nos congregarmos e de discordarmos uns dos outros.

Querem derrubar os governos existentes de muitos países muçulmanos, tais como Arábia Saudita, Egito e Jordânia. Querem expulsar Israel do Oriente Médio. Querem expulsar os cristãos e judeus de vastas regiões da Ásia e África.

Esses terroristas matam não apenas para tirar vidas, mas para perturbar e tentar eliminar um modo de vida. Com cada atrocidade, esperam que os norte-americanos se tornem temerosos e se retirem do mundo, deixando de lado os nossos amigos. Unem-se contra nós porque nos interpomos em seu caminho.

Não nos deixamos enganar pela sua falsa piedade. Já nos defrontamos com inimigos desse tipo. Os terroristas são os herdeiros de todas as ideologias homicidas do século 20. Ao sacrificar a vida humana a fim de servir suas visões radicais, ao abandonar todos os valores exceto a vontade de poder, eles seguem o percurso do nazismo, do fascismo e do totalitarismo. E seguirão esse percurso inteiro, até o seu ponto final: na tumba anônima das mentiras que a História descartou. (Aplausos)

Os norte-americanos querem saber como lutaremos e venceremos esta guerra.

Empregaremos todos os recursos de que dispomos - todos os meios diplomáticos, todas as ferramentas de inteligência, todos os instrumentos policiais e legais e todas as armas de guerra necessárias - para impedir as ações e derrotar a rede mundial de terror.

A guerra não será como aquela que travamos contra o Iraque uma década atrás, com uma libertação decisiva de território e rápida conclusão. Não será parecida com a guerra aérea sobre Kosovo dois anos atrás, na qual não foram utilizadas forças terrestres e nenhum norte-americano perdeu a vida em combate.

Nossa resposta envolverá muito mais que retaliação instantânea e ataques isolados. Os norte-americanos não devem esperar uma batalha, mas uma prolongada campanha diferente de tudo que já vimos. Ela pode incluir ataques dramáticos, visíveis na TV, e operações sigilosas, mantidas em segredo mesmo que conquistem o sucesso. Nós privaremos os terroristas de suas verbas, os voltaremos uns contra os outros, os expulsaremos de seus refúgios até que não lhes reste refúgio algum. Cada país, em cada região, tem uma decisão a tomar, agora. Quem não estiver conosco, estará com os terroristas. (Aplausos)

De hoje em diante, qualquer nação que continue a abrigar ou apoiar o terrorismo será considerado pelos Estados Unidos como um regime hostil.

Nosso país está alertado, agora. Sabemos que não somos imunes a ataques. Tomaremos medidas defensivas contra o terrorismo, a fim de proteger os norte-americanos. Hoje, dezenas de departamentos e agências federais, bem como governos estaduais e locais, compartilham das responsabilidades referentes à segurança interna. Esses esforços precisam ser coordenados em um plano mais elevado. Por isso, anuncio esta noite a criação de um posto de nível ministerial que se reportará diretamente a mim ¿o Departamento de Segurança Interna.

E hoje também anuncio a indicação de um respeitado líder norte-americano para liderar esse projeto de reforço da segurança dos Estados Unidos: um veterano das forças armadas, um governador muito efetivo, um verdadeiro patriota e um amigo leal - Tom Ridge, da Pensilvânia. (Aplausos)

Ele liderará, supervisionará e coordenará uma estratégia nacional abrangente para salvaguardar o nosso país contra o terrorismo, e para responder a quaisquer ataques que nos possam ser movidos.

Trata-se de medidas essenciais. Mas a única maneira de derrotar o terrorismo como ameaça à nossa forma de vida é detê-lo, eliminá-lo e destrui-lo nos lugares onde é gerado. (Aplausos)

Muita gente estará envolvida nesse esforço, de agentes do Serviço Federal de Investigações (FBI) a agentes de inteligência, passando por reservistas que teremos de convocar de volta ao serviço ativo; Todos merecem os nossos agradecimentos e nossas orações. E hoje, a alguns quilômetros de distância do Pentágono danificado, tenho uma mensagem às nossas forças armadas: estejam preparadas. Coloquei as forças armadas em alerta, e há um motivo. Está chegando a hora de os Estados Unidos agirem, e sei que vocês o farão de forma a nos causar orgulho.

Mas essa luta não envolve apenas os Estados Unidos. O que está em jogo não são apenas as liberdades norte-americanas. A luta envolve todo o mundo. É uma luta pela civilização. É a luta daqueles que acreditam no progresso e pluralismo, tolerância e liberdade.

Convidamos todos os países a que se unam a nós. Pediremos e precisaremos da ajuda de forças policiais, serviços de inteligência e sistemas bancários de todo o mundo. Os Estados Unidos agradecem aos muitos países e organizações internacionais que já responderam ¿com simpatia e apoio. Países da América Latina, Ásia, África, Europa e do mundo islâmico. Talvez a Carta Básica da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan) seja o melhor reflexo da atitude que o mundo demonstrou: um ataque contra um de nós representa um ataque contra todos nós.

O mundo civilizado está se alinhando em apoio aos Estados Unidos. Os países que o formam compreendem que, se o terrorismo passar impune, suas cidades e cidadãos podem ser os próximos alvos. O terrorismo, irrespondido, é capaz não apenas de derrubar edifícios como de ameaçar a estabilidade de governos legítimos. E fiquem sabendo: não permitiremos que isso aconteça. (Aplausos)

Os norte-americanos querem saber o que se espera deles. Peço-lhes que vivam suas vidas, e abracem seus filhos. Sei que muitos cidadãos enfrentarão o medo esta noite, e peço que se mantenham calmos e resolutos mesmo diante de ameaças continuadas.

Peço-lhes que sustentem os valores norte-americanos, e que recordem os motivos para que tantas pessoas tenham escolhido vir aqui para viver. Estamos em uma luta por nossos princípios, e nosso dever é viver de acordo com eles. Ninguém deve ser submetido a tratamento injusto ou a palavras rudes devido à suas origens étnicas ou fé religiosa. (Aplausos)

Peço-lhes que continuem a apoiar as vítimas dessa tragédia com suas contribuições. Aqueles que desejarem podem recorrer a uma fonte central de informação, no site libertyunites.org, para encontrar os nomes de grupos que estão oferecendo assistência direta em Nova York, Pensilvânia e Virgínia.

Os milhares de agentes do FBI que estão trabalhando agora nessa investigação podem necessitar de sua cooperação, e peço-lhes que a ofereçam.

Peço-lhes paciência diante dos atrasos e inconveniências que uma segurança mais estreita acarretará, e por sua paciência quanto a um esforço que inevitavelmente será longo.

Peço por sua continuada participação e confiança na economia norte-americana. Os terroristas atacaram um símbolo da prosperidade norte-americana, mas não conseguiram abalar sua origem. Os Estados Unidos são um país bem sucedido devido ao trabalho árduo, à criatividade e ao espírito empreendedor de nosso povo. Essas eram as verdadeiras forças de nossa economia antes do 11 de setembro, e continuam a sê-lo hoje. (Aplausos)

E, por fim, por favor continuem a rezar pelas vítimas do terrorismo e por suas famílias, pelos soldados de nossas forças armadas e por nosso grande país. As orações sempre nos confortam em momentos de pesar, e ajudarão a nos fortalecer para a estrada que temos a percorrer.

Esta noite, agradeço aos meus compatriotas norte-americanos por tudo aquilo que vocês já fizeram e por tudo que virão a fazer. E, damas e cavalheiros do Congresso, agradeço a vocês, como representantes do povo, por tudo que já fizeram e tudo que viremos a fazer juntos.

Esta noite, enfrentamos novos e repentinos desafios nacionais. Nós nos uniremos para melhorar a segurança aérea, para expandir de maneira dramática o número de policiais embarcados em voos nacionais e para tomar novas medidas que ajudem a prevenir sequestros. Nós nos uniremos para promover a estabilidade e manter em operação as nossas companhias de aviação, com assistência direta durante esta emergência.

Nós nos uniremos para oferecer às agências policiais as ferramentas adicionais de que necessitam para rastrear o terrorismo em nosso país. (Aplausos.) Nós nos reuniremos para reforçar nossas capacidades de inteligência a fim de descobrir os planos dos terroristas antes que estes ajam, e para localizá-los antes que possam atacar. (Aplausos)

Nós nos uniremos para tomar medidas ativas que reforcem a economia dos Estados Unidos, e permitam que as pessoas retornem ao trabalho.Esta noite, temos entre nós dois líderes que personificam o extraordinário espírito de todos os cidadãos de Nova York: o governador George Pataki e o prefeito Rudolph Giuliani. Como símbolo da determinação norte-americana, meu governo trabalhará com o Congresso e com esses dois líderes a fim de demonstrar ao mundo que a cidade de Nova York será reconstruída. (Aplausos)

Depois de tudo que acaba de acontecer ¿todas as vidas subtraídas, e todas as possibilidades e esperanças que se extinguiram com elas- é natural imaginar se o futuro dos Estados Unidos não estará repleto de medo. Há quem fale do início de uma era de terrorismo. Sei que enfrentaremos dificuldades no futuro, bem como perigos. Mas este país definirá os tempos que vivemos, e não se deixará definir por eles. Enquanto os Estados Unidos da América se mantiverem determinados e fortes, não viveremos uma era de terrorismo; viveremos uma era de liberdade, aqui e em todo o mundo. (Aplausos)

Um grande mal nos foi causado. Sofremos grandes perdas. E em meio ao nosso pesar e ira, conseguimos ainda assim identificar nossa missão e nosso momento. A liberdade e o medo estão em guerra. O avanço da liberdade humana - a grande realização de nossa era e a grande esperança de todas as eras - agora depende de nós. Nossa nação - esta geração - vai eliminar a sombria ameaça de violência que pende sobre nosso povo e nosso futuro. Atraíremos o mundo a apoiar nossa causa por meio de nossa coragem. Não esmoreceremos, não hesitaremos e não fracassaremos. (Aplausos)

Minha esperança é a de que, nos próximos meses e anos, a vida retorne quase ao normal. Voltaremos às nossas vidas e rotinas, e isso é bom. Mesmo o pesar recua, com o tempo e a graça divina. Mas nossa determinação não deve fraquejar. Cada um de nós recordará o que aconteceu naquele dia, e a quem isso aconteceu. Recordaremos o momento em que recebemos a notícia - o lugar onde estávamos, o que estávamos fazendo. Alguns recordarão a imagem de um incêndio, ou a história de um resgate. Outros terão em mente lembranças de um rosto ou de uma voz desaparecidos para sempre.

E eu sempre carregarei comigo esse distintivo: é o distintivo policial de um homem chamado George Howard, que morreu no World Trade Center tentando salvar seus concidadãos. Foi algo que ganhei de sua mãe, Arlene, como orgulhosa lembrança de seu filho. Esse é o meu lembrete quanto às vidas que se acabaram naquele dia, e quanto a uma tarefa que não se acabará. (Aplausos)

Não esquecerei a ferida causada a este país ou aqueles que a infligiram. Não recuarei, não repousarei, não vacilarei na manutenção dessa batalha pela liberdade e segurança do povo dos Estados Unidos.O curso do conflito ainda não é conhecido, mas seu desfecho é certo. Liberdade e medo, justiça e crueldade, sempre estiveram em guerra, e sabemos que Deus não é neutro entre eles. (Aplausos)

Compatriotas, responderemos à violência com paciente justiça ¿seguros da retidão de nossa causa e confiantes nas vitórias que nos aguardam. Para tudo aquilo que nos aguarda, que Deus nos conceda sabedoria, e que Ele abençoe os Estados Unidos da América.Obrigado. (Aplausos)

Tradução: Paulo Migliacci

Fonte: Redação Terra
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