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Estados Unidos

Casa Branca diz estar aberta a conversas com Coreia do Norte

16 jun 2013 - 10h10
(atualizado às 12h46)
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Os Estados Unidos afirmaram neste domingo que estão dispostos a dialogar com a Coreia do Norte desde que o governo norte-coreano dê passos concretos rumo à desnuclearização, e indicou que consultará Japão e Coreia do Sul em uma reunião em Washington na próxima quarta-feira.

"Sempre estivemos a favor do diálogo e, de fato, temos linhas abertas de comunicação com a Coreia do Norte", disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Caitlin Hayden, em comunicado citado pelo canal de televisão "CNN".

"Julgaremos a Coreia do Norte por suas ações e não por suas palavras, e esperamos ver passos que demonstrem que está preparada para assumir seus compromissos e obrigações", acrescentou Hayden.

A Coreia do Norte, através de sua Comissão Nacional de Defesa, convidou Washington neste domingo a estabelecer conversas de alto nível "para diminuir as tensões na península coreana e estabelecer a paz e a segurança em nível regional".

O representante especial dos EUA para assuntos da Coreia do Norte, Glyn Davies, conversará sobre a oferta com japoneses e sul-coreanos em uma reunião na quarta-feira, informou à "CNN" um funcionário americano que pediu anonimato.

A reunião trilateral em Washington foi programada há algum tempo para "trocar opiniões sobre uma série de assuntos relacionados com a Coreia do Norte", segundo o anúncio oficial emitido na sexta-feira pelo Departamento de Estado americano.

A oferta de hoje chega cinco dias depois que as duas Coreias cancelaram, por diferenças a respeito da composição das representações dos países, o que teria sido seu primeiro encontro de alto nível em seis anos.

A tentativa de aproximação com Washington contrasta com a dura campanha de ameaças bélicas dirigidas contra EUA, Coreia do Sul e Japão que o regime norte-coreano realizou em março e abril.

A Coreia do Norte acredita que a agenda do encontro com os EUA poderia incluir questões como a redução da tensão militar na península coreana e a possibilidade de substituir o armistício que encerrou a Guerra da Coreia (1950-1953) por um tratado de paz.

Pyongyang também ofereceu a Washington a possibilidade de escolher o lugar e o momento dessas conversas, mas deixou claro que o governo americano "não deveria falar de condições prévias para realizar conversas ou contatos".

O governo de Barack Obama insistiu em várias ocasiões que só dialogará se antes Pyongyang empreender ações que certifiquem sua intenção de abandonar seu programa nuclear e respeite as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

A aproximação é a primeira desde as frustradas negociações bilaterais de fevereiro de 2012, nas quais os países definiram uma moratória norte-coreana em relação a seus programas atômicos e de mísseis em troca de centenas de milhares de toneladas de ajuda alimentícia americana.

Esse acordo se viu frustrado semanas depois, quando Pyongyang anunciou o lançamento de um foguete.

EFE   
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