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Especialistas internacionais irão inspecionar local de ataque na Síria; EUA avaliam resposta

11 abr 2018 - 03h43
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Especialistas internacionais de armas químicas irão à cidade síria de Douma para investigar um possível ataque a gás venenoso, informou a organização deles nesta terça-feira, conforme os Estados Unidos e outras potências ocidentais consideram ação militar por conta do incidente.

Ônibus transportando rebeldes e suas famílias que evacuram a cidade de Douma chegam a Damasco, na Síria
09/04/2018
REUTERS/Omar Sanadiki
Ônibus transportando rebeldes e suas famílias que evacuram a cidade de Douma chegam a Damasco, na Síria 09/04/2018 REUTERS/Omar Sanadiki
Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que iria viajar ao Peru na sexta-feira, cancelou viagem à América Latina para focar em uma resposta ao incidente sírio, informou a Casa Branca. Trump alertou na segunda-feira sobre uma resposta rápida e forte assim que a responsabilidade pelo ataque for estabelecida.

A França e o Reino Unido também discutiram com o governo Trump sobre como responder ao incidente. Ambos destacaram que o culpado pelo incidente ainda precisa ser confirmado.

Ao menos 60 pessoas foram mortas e mais de mil ficaram feridas no ataque no sábado em Douma, então ainda ocupada por forças rebeldes, de acordo com um grupo sírio de socorro.

O governo do presidente da Síria, Bashar al-Assad, e a Rússia, sua aliada, disseram que não há evidências de que um ataque a gás aconteceu e que a reivindicação é falsa.

O incidente colocou o conflito de sete anos na Síria de volta ao fronte de preocupação internacional e deixou Washington e Moscou um contra o outro novamente.

Agravando a volátil situação na região, o Irã, outro importante aliado de Assad, ameaçou responder a um ataque aéreo contra uma base militar síria na segunda-feira pelo qual Teerã, Damasco e Moscou culparam Israel.

Na Síria, milhares de militantes e suas famílias chegaram em partes tomadas por rebeldes no noroeste do país após entregarem Douma a forças do governo.

A saída dos militantes restaurou o controle de Assad sobre Ghouta Oriental, anteriormente o maior bastião rebelde próximo a Damasco, e deu ao presidente sua maior vitória no campo de batalha desde 2016, quando ele retomou Aleppo.

CHEIRO DE GÁS

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), sediada em Haia, informou que a Síria havia sido solicitada a fazer arranjos necessários para o envio de uma equipe de investigação.

    "Esta equipe está se preparando para ir à Síria em breve", informou em comunicado.

    A missão terá como objetivo determinar se munições proibidas foram usadas, mas não irá atribuir culpa. Médicos e testemunhas disseram que vítimas possuíam sintomas de envenenamento, possivelmente por um agente nervoso, e relataram o cheiro de gás cloro.

O governo Assad e a Rússia pediram para a Opaq investigar as acusações de uso de armas químicas em Douma, uma ação aparentemente com objetivo de evitar qualquer ação liderada pelos EUA.

    "A Síria está disposta a cooperar com a Opaq para descobrir a verdade por trás das acusações que algumas partes ocidentais têm feito para justificar suas intenções agressivas", informou a agência de notícias estatal síria, Sana. 

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