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Em Oslo, Nobel da Paz María Corina Machado diz ter 'muita esperança de ver a Venezuela livre'

A líder da oposição venezuelana María Corina Machado reapareceu em público nesta quinta-feira (11) pela primeira vez em 11 meses. A aparição aconteceu em Oslo, capital da Noruega, um dia depois da entrega do prêmio Nobel da Paz. Em suas primeiras declarações desde sua chegada à cidade, ela confirmou sua intenção de retornar à Venezuela, onde vive na clandestinidade há quase um ano, desde as eleições presidenciais de 2024.

11 dez 2025 - 11h18
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"Tenho muita esperança de que a Venezuela seja livre e de que transformemos o país num farol de esperança e de oportunidades democráticas. Receberemos não apenas os venezuelanos que foram forçados a fugir, mas também cidadãos de todo o mundo que encontrarão refúgio aqui, como foi o caso na Venezuela há décadas", declarou María Corina Machado durante uma coletiva de imprensa oficial com o Instituto Nobel, que lhe concedeu o prêmio.

"Não vou dizer quando nem como isso será feito, mas farei tudo o que estiver ao meu alcance para poder voltar (à Venezuela) e também pôr fim a essa tirania muito em breve", acrescentou, afirmando que era preciso "terminar o trabalho" para estabelecer a democracia.

A líder da oposição surgiu pouco depois das 2h da manhã (do horário local) na varanda do Grand Hotel de Oslo para saudar seus apoiadores, em sua primeira aparição pública desde janeiro.

"Vim receber o prêmio em nome do povo venezuelano e o levarei de volta à Venezuela no momento oportuno", disse ela à imprensa durante uma visita ao Parlamento norueguês.

A opositora venezuelana não chegou a tempo de participar da cerimônia. Por isso, foi representada por sua filha Ana Corina Sosa Machado, que recebeu o prêmio das mãos do presidente do Comitê Norueguês do Nobel, Jørgen Watne Frydnes.

Uma viagem de 'extremo perigo'

O desembarque de Corina em Oslo foi o fim de uma odisseia que começou na terça-feira (9). Ela começou a viagem tomando um barco desde a costa venezuelana até a pequena ilha de Curaçao, no Caribe, segundo o Wall Street Journal. Lá, a opositora embarcou em um avião que fez uma escala técnica no Maine, nos Estados Unidos, antes de seguir para Oslo.

Diante destes obstáculos, o comitê do Nobel referiu-se à viagem como "uma situação de extremo perigo". Apesar da ausência na cerimônia de premiação, María Corina Machado pôde cumprimentar seus apoiadores por quase meia hora ao chegar a Oslo.

"Estamos muito emocionados por estar aqui", disse Sasha, um dos simpatizantes da opositora, que deixou a Venezuela há cerca de oito anos. Ele conta que vive em Madri, na Espanha, e foi à capital norueguesa especialmente para acompanhar a entrega do prêmio. "Não conseguimos acreditar que María Corina Machado fez tudo o que fez para poder estar presente, para tentar receber o Prêmio Nobel pessoalmente. Apesar de ela chegar cansada, desceu para nos cumprimentar, e isso diz muito sobre o seu caráter e sobre o que ela nos ensinou este ano: que está comprometida com a liberdade da Venezuela, que é o que todos nós queremos. Queremos ser livres e regressar ao nosso país", completou. 

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