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Em dia da Independência da Venezuela, Maduro pede diálogo e Guaidó critica ditadura

5 jul 2019 - 17h33
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Os grupos políticos profundamente divididos da Venezuela realizaram comemorações concorrentes no dia da independência do país nesta sexta-feira, com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pedindo diálogo e o líder da oposição Juan Guaidó denunciando supostas violações de direitos humanos pelo que chama de ditadura de Maduro.

Presidente Nicolás Maduro participa de parada militar para comemorar independência da Venezuela
05/07/2019
Palácio de Miraflores/Divulgação via REUTERS
Presidente Nicolás Maduro participa de parada militar para comemorar independência da Venezuela 05/07/2019 Palácio de Miraflores/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

Falando a várias das principais autoridades militares do país, Maduro reiterou seu apoio a um processo de negociação mediado pela Noruega entre o seu governo socialista e Guaidó, líder da Assembléia Nacional, controlada pela oposição, que argumenta que a reeleição de Maduro em 2018 foi uma fraude.

"Há espaço para todos nós dentro da Venezuela", disse Maduro em discurso em Caracas, antes de convocar exercícios militares em 24 de julho para defender os "mares, rios e fronteiras" do país sul-americano.

"Devemos todos abrir mão de algo a fim de alcançar um acordo", disse ele.

A Venezuela foi lançada em uma profunda crise política em janeiro, quando Guaidó invocou a Constituição para se autodeclarar presidente interino, chamando Maduro de usurpador. Ele foi reconhecido como o chefe de Estado legítimo por dezenas de países, incluindo os Estados Unidos, Brasil e a maioria dos vizinhos sul-americanos.

Mas Maduro ainda detém o reconhecimento de Cuba, Rússia e China, e mantém o controle de funções estatais e das Forças Armadas. Ele chama Guaidó de uma marionete apoiada pelos EUA que visa tirá-lo do cargo em um golpe.

Guaidó realizou um evento separado, convocando apoiadores para marchar em direção à sede do diretório militar de contrainteligência, onde o capitão da Marinha Rafael Acosta morreu no mês passado após líderes da oposição e familiares dizerem que ele foi torturado enquanto estava sob custódia.

A marcha é a primeira grande reunião da oposição desde um levante fracassado liderado por Guaidó em 30 de abril e protestos subsequentes em 1º de maio. O governo respondeu à tentativa fracassada de tirar Maduro com repressão a parlamentares alinhados a Guaidó e militares suspeitos de envolvimento.

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