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Defensores do aborto bloqueiam ruas da Polônia para protestar

26 out 2020 - 15h42
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Milhares de poloneses bloquearam ruas de cidades em carros, bicicletas e a pé nesta segunda-feira, o quinto dia de protestos contra uma decisão do Tribunal Constitucional que equivale a uma proibição quase total ao aborto na nação predominantemente católica.

Manifestação contra imposição de novas restrições ao aborto em Varsóvia
26/10/2020 Jedrzej Nowicki/Agencja Gazeta via REUTERS
Manifestação contra imposição de novas restrições ao aborto em Varsóvia 26/10/2020 Jedrzej Nowicki/Agencja Gazeta via REUTERS
Foto: Reuters

Portando cartazes que diziam "Chega", "Não serei sua mártir" e "Quero escolha, não terror", manifestantes se reuniram em dúzias de cidades pequenas e grandes, desafiando restrições contra o coronavírus.

"As mulheres são fortes", disse Malgorzata Rutkowska, de 56 anos, em uma das principais vias públicas de Varsóvia, dizendo que os protestos continuarão até a proibição ser revertida.

O veredicto de quinta-feira passada provocou uma reação inédita contra a poderosa Igreja Católica da Polônia, que se acredita ter laços estreitos com o governo conservador e nacionalista do Partido Lei e Justiça (PiS).

Ele também intensificou as críticas ao PiS, que chegou ao poder cinco anos atrás prometendo fomentar mais valores tradicionais.

Depois que o veredicto entrar em vigor, o aborto será proibido em caso de anomalias do feto, e só será legal em caso de estupro, incesto ou risco para a saúde da mulher.

Críticos dizem que a corte agiu em nome do partido, que já recuou de tentativas de endurecer as leis do aborto por causa da revolta pública - o que o PiS nega.

O tribunal é parte de uma grande reforma governamental do sistema de Justiça que a Comissão Europeia disse subverter o Estado de Direito por politizar as cortes.

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