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Ásia

Prefeito de Osaka acusa americanos de estuprar japonesas durante ocupação

17 mai 2013 - 12h22
(atualizado às 12h40)
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O prefeito da cidade japonesa de Osaka, criticado nos Estados Unidos por suas declarações sobre as mulheres asiáticas obrigadas a se prostituir pelos militares japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, acusou nesta sexta-feira as tropas americanas de terem estuprado as japonesas durante a ocupação.

Toru Hashimoto concedeu entrevista coletiva ontem, em Osaka
Toru Hashimoto concedeu entrevista coletiva ontem, em Osaka
Foto: AP

"Quando os americanos ocuparam o Japão (até 1952), não fizeram uso de mulheres japonesas?", tuitou Toru Hashimoto, que tem um milhão de seguidores. "É injusto que os Estados Unidos critiquem o Japão silenciando atos que eles mesmos cometeram", continuou o político nacionalista.

Os Estados Unidos "deveriam admitir o que os soldados americanos fizeram às mulheres, sobretudo em Okinawa", denunciou.

A ilha de Okinawa, que atualmente segue abrigando quase 22.000 soldados americanos, foi ocupada e posteriormente devolvida ao Japão em 1971. Sua população se queixa constantemente dos inconvenientes e da insegurança gerados pela presença militar americana.

Na quarta-feira, os parlamentares americanos Mike Honda e Steve Israel denunciaram as declarações do prefeito de Osaka, que dois dias antes justificou a prática das escravas sexuais como uma necessidade devido ao drama da guerra.

"O que ocorreu na época com estas mulheres vítimas de tráfico sexual é lamentável e constitui claramente uma violação muito grave dos direitos humanos (...). Esperamos que o Japão continue colaborando com seus vizinhos para solucionar isso", declarou a porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki.

A maioria dos historiadores acredita que 200.000 mulheres de vários países asiáticos - China, Coreia e Filipinas - foram obrigadas a serem escravas sexuais e a trabalhar nos bordéis instalados pelos militares japoneses para seu próprio uso nos países ocupados durante a Segunda Guerra Mundial.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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