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Ásia

Imperador Akihito abdicará em abril de 2019, anuncia Japão

Será o primeiro monarca a deixar o cargo em 200 anos no país.

1 dez 2017 - 08h53
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O imperador do Japão, Akihito, abdicará do cargo em 30 de abril de 2019, informou hoje (1) o governo local. Será a primeira vez em 200 anos que um membro da família imperial renunciará no Japão.

A decisão foi tomada após uma reunião nesta manhã com o Conselho da Casa Imperial, da qual participaram membros da família real, o primeiro-ministro Shinzo Abe, juízes da Corte Suprema e representantes políticos.

Imperador Akihito, do Japão, durante comemoração de aniversário no Palácio Imperial, em Tóquio 23/12/2015 REUTERS/Thomas Peter
Imperador Akihito, do Japão, durante comemoração de aniversário no Palácio Imperial, em Tóquio 23/12/2015 REUTERS/Thomas Peter
Foto: Reuters

No ano passado, Akihito, de 83 anos, já tinha expressado sua intenção de deixar o cargo devido à idade avançada e suas condições de saúde. A declaração gerou debate no país, já que nenhuma lei atual prevê a abdicação, pois considera vitalício o cargo de imperador. Com isso, o Parlamento precisou aprovar, em junho, uma legislação que permite o afastamento do monarca.

Akihito é o único monarca do mundo com o título de imperador, previsto pela Constituição japonesa de 1947. Com a abdicação, o filho primogênito Naruhito assumirá o trono, em cerimônia prevista para 1 de maio de 2019.

A família imperial japonesa é a mais antiga monarquia hereditária existente no mundo sem sofrer interrupções. Desde 660 a.C., com a ascensão do imperador Jimmu, foram empossados 125 monarcas.

A abdicação de Akihito será a primeira desde 1817, quando o imperador Kokaku renunciou ao cargo. "Decidimos que a aplicação [da lei especial que permite a abdicação do imperador] deverá acontecer a 30 de abril de 2019", declarou o premier Shinzo Abe à imprensa. "O governo fará tudo o possível para que a população japonesa possa celebrar a abdicação do imperador e a sucessão pelo príncipe herdeiro", afirmou.

Vídeo mostra Kim Jong Un observando lançamento de míssil:
Fonte: ANSA
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