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América Latina

Youtube paga US$ 22 milhões para encerrar processo movido contra Trump por ter tido conta suspensa

YouTube concordou em pagar US$ 22 milhões para encerrar o processo movido por Donald Trump após a suspensão de sua conta pela subsidiária do Google, em consequência do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, segundo um documento judicial divulgado na segunda-feira (29).

30 set 2025 - 08h57
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YouTube concordou em pagar US$ 22 milhões para encerrar o processo movido por Donald Trump após a suspensão de sua conta pela subsidiária do Google, em consequência do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, segundo um documento judicial divulgado na segunda-feira (29).

imagem de arquivo da sede do YouTube em San Bruno, Califórnia, em 12 de março de 2025.
imagem de arquivo da sede do YouTube em San Bruno, Califórnia, em 12 de março de 2025.
Foto: AP - Jeff Chiu / RFI

O site de vídeos online é a última plataforma a chegar a um acordo com o presidente americano para encerrar uma disputa iniciada em julho de 2021, após os acordos com Meta e X (ex-Twitter).

O presidente americano publicou uma captura de tela em sua rede Truth Social comemorando uma "vitória MASSIVA" que "prova que a censura da Big Tech tem consequências". "YouTube CAPITULOU!", celebra a mensagem que mostra uma montagem fotográfica do presidente, sorridente e com o polegar levantado, recebendo um cheque das mãos de Neal Mohan, chefe da plataforma, nos jardins da Casa Branca.

Os advogados do chefe de Estado indicaram que o valor será destinado a um fundo fiduciário, cuja missão inclui financiar a construção de um gigantesco salão de baile na Casa Branca.

Em 12 de janeiro de 2021, o YouTube havia suspendido a conta de Donald Trump alegando que ele violou as regras da plataforma ao incitar fisicamente a contestação do resultado da eleição presidencial de 2020.

No dia 6 de janeiro, centenas de manifestantes invadiram o Capitólio para protestar contra a certificação da vitória de Joe Biden, um evento que chocou os Estados Unidos e o mundo, resultando na morte de cinco pessoas.

O YouTube só restabeleceu a conta de Donald Trump em março de 2023.

 "Capitulação"

Também acusados por Donald Trump de terem encerrado injustamente sua conta, a Meta (Facebook) concordou no final de janeiro de 2025 em pagar US$ 21 milhões para evitar um julgamento, seguida algumas semanas depois pela X, que pagou US$ 10 milhões.

A subsidiária do Google, que pertence ao grupo Alphabet, não reconheceu qualquer culpa e não se comprometeu com nenhuma ação corretiva.

O observatório de mídia Media Matters classificou a decisão do YouTube como uma "capitulação vergonhosa e míope".

"Submeter-se sem motivo agora equivale a encorajar Trump e seus esforços para silenciar vozes dissidentes, colocando a mídia e as plataformas online sob controle", acrescentou Angelo Carusone, presidente da associação de orientação progressista.

A série continua

Muitos juristas consideraram, desde o início do processo, que os argumentos legais de Donald Trump eram insuficientes para obter uma decisão favorável ao presidente em tribunal.

Como YouTube, Meta e X são empresas privadas, afirmam eles, nada os impede de regular o conteúdo publicado ou não em suas plataformas, esse princípio prevalecendo sobre uma possível violação da liberdade de expressão.

Além de Meta e X, o acordo com o YouTube ocorre após outros acordos amigáveis entre o presidente americano e diversos grupos de mídia processados por Donald Trump.

Em julho, a CBS comprometeu-se a pagar US$ 16 milhões para encerrar um processo relacionado a uma entrevista com a ex-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, durante a campanha.

Donald Trump acusava a emissora de ter editado um trecho da entrevista em que a ex-vice-presidente respondia de forma "incoerente".

Em dezembro, a ABC já havia concordado em resolver outra disputa iniciada pelo bilionário republicano, pagando US$ 15 milhões.

Como parte do acordo de segunda-feira, que ainda precisa ser validado por uma juíza federal de Oakland, Califórnia, o YouTube também pagará US$ 2,5 milhões a outros titulares de contas suspensas após os eventos de 6 de janeiro.

Entre eles estão os influenciadores conservadores Austen Fletcher e Naomi Wolf, que frequentemente divulgam teorias da conspiração.

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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