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América Latina

Oposição venezuelana pede que povo se "rebele" contra convocação de Maduro

1 mai 2017 - 22h12
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A oposição venezuelana reunida na Mesa da Unidade Democrática (MUD) pediu nesta segunda-feira que o povo se rebele perante a convocação "fraudulenta" do presidente Nicolás Maduro para modificar a Constituição através de uma Assembleia Constituinte.

"O que aconteceu hoje (...) é o golpe de Estado mais grave da história venezuelana, é Nicolás Maduro dissolvendo a democracia e dissolvendo a república. Frente a isso a Unidade Democrática e os deputados da Assembleia Nacional convocam o povo da Venezuela a rebelar-se", disse o presidente do parlamento, Julio Borges, como porta-voz da MUD.

O deputado indicou, em coletiva de imprensa da aliança opositora, que a convocação da Constituinte "é uma fraude para enganar o povo venezuelano" com um mecanismo que "agrava" o golpe de Estado e destrói a Constituição, a democracia e o voto.

Borges disse que, com este anúncio de hoje, Maduro "foge do precipício", pois o que propõe é "uma fraude" na qual "ninguém" lhe acompanha.

Neste sentido, pediu às forças armadas que se pronunciem, bem como "as outras instituições, a procuradora-geral (Luisa Ortega), os magistrados, a quem tenha ainda consciência, para que não se afundem com este golpe de Estado, é o momento da consciência, rebelem-se".

O deputado também declarou ao povo venezuelano que deve continuar protestando nas ruas e convocou um protesto para esta terça-feira de manhã para expressar a mensagem de que os cidadãos querem votar.

Para esta noite, a MUD convocou um panelaço em massa em todo o país, principalmente para os que vivem no oeste da capital, onde está localizado o palácio presidencial de Miraflores, segundo Borges.

Amanhã, por sua vez, será realizada uma sessão na Assembleia Nacional (AN) na qual se discutirá "o que significa este golpe de Estado" e serão divulgados detalhes para uma "mega ação de rua" para a próxima quarta-feira, antecipou o deputado.

Borges afirmou que, após o anúncio de Maduro, recebeu ligações de quatro chanceleres e de um presidente de um país da América Latina, "todos verdadeiramente alarmados com o golpe de Estado que está acontecendo na Venezuela", e acrescentou que espera que nas próximas horas haja um pronunciamento de vários governos da região.

EFE   
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