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América Latina

Com receio que saques se espalhem, Argentina cria comando especial

5 dez 2013 - 15h45
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O governo argentino anunciou nesta quarta-feira que iniciará um Comando Operacional de Ações para prevenir que aconteçam novos saques na província de Buenos Aires, diante do temor de uma contaminação que espalhe os graves incidentes ocorridos em Córdoba.

O comando operará especialmente na região da Grande Buenos Aires, na qual nesta quarta-feira tentaram roubar dois supermercados nas cidades de Grand Bourg e Glew, onde um comerciante chinês morreu ao resistir ao assalto.

A criação do operacional foi determinada pelo secretário argentino de Segurança, Sergio Berni, e o ministro provincial de Segurança, Alejandro Ilustres, em reunião na qual estiveram presentes os responsáveis da Gendarmaria Nacional e da Polícia da província de Buenos Aires.

Em declarações a uma rádio local, Berni explicou que a ideia surgiu diante da possibilidade de um efeito de contaminação pelos conflitos que aconteceram em Córdoba, a cerca de 700 quilômetros de Buenos Aires, onde uma pessoa morreu na terça-feira, mais de 200 ficaram feridas e pelos menos mil lojas e mercados foram saqueados, se aproveitando de uma greve de policiais.

Ilustres atribuiu algumas das situações de "tensão" denunciadas pelos moradores nas últimas horas a "falta de luz e água", consequência da forte tempestade que caiu sobre a região central da Argentina na segunda-feira.

O ministro de Segurança portenho reconheceu que nas últimas horas aumentou o risco de possíveis saques na província, já que inclusive apareceram grupos nas redes sociais convocando a "saquear tudo".

"Sempre no fim do ano o tema surge, e há falta de luz e de água, pessoas fazendo fogueiras nas esquinas e o que provocou uma situação um pouco especial", explicou.

Após mais de 35 horas de caos e violência, a normalidade chegou hoje a Córdoba, com o retorno da polícia às ruas após fechar um acordo salarial com o governo provincial.

Durante os graves incidentes ocorridos em Córdoba, mais de 200 pessoas ficaram feridas, a maioria por enfrentamentos entre os saqueadores e os donos dos comércios que tentavam impedi-los.

Enquanto reinou o caos, os assaltantes levaram das lojas alimentos, mercadorias, eletrodomésticos e até motocicletas.

Até o momento há 96 pessoas detidas e acusadas de "roubo calamitoso". Não se descarta que o número de detidos aumente, já que as autoridades provinciais estudam procurar os jovens que publicaram nas redes sociais os produtos que tinham saqueado.

EFE   
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