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América Latina

Cirurgia para retirar coágulo cerebral em Cristina é "bastante simples"

Neurologista disse que hematoma está entre duas membranas que recobrem o cérebro, por isso não é necessário tocar este complexo órgão

7 out 2013 - 16h21
(atualizado às 16h29)
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Cristina Chega ao hospital para exames
Cristina Chega ao hospital para exames
Foto: AP

A intervenção cirúrgica a que a presidente Cristina Kirchner será submetida nesta terça-feira para a retirada de um coágulo é "bastante simples", declararam nesta segunda-feira a agência EFE fontes médicas.

"Trata-se de um processo bastante simples. O mais comum é abrir um pequeno orifício no crânio, drenar o hematoma e fechar", explicou o neurologista Gabriel Persi, especialista do Instituto de Neurociências de Buenos Aires (INEBA).

"Entre as atividades dos neurocirurgiões é uma coisa bastante simples que é feita frequentemente", acrescentou Persi.

O hematoma está entre duas membranas que recobrem o cérebro, por isso não é necessário tocar este complexo órgão.

A equipe médica da clínica Favaloro anunciou hoje que decidiu realizar a cirurgia depois de a presidente sentir "uma sensação de formigamento no braço esquerdo e uma transitória e leve perda da força muscular do mesmo membro superior".

"A sensação de formigamento ou parestesia é anormal diante da falta de estímulo sensitivo, o mesmo que se sente quando uma perna fica dormente", detalhou Persi, que assinalou que "pode ser um sintoma que o hematoma está recobrindo as áreas sensitivas".

No sábado, Cristina se submeteu a uma tomografia que diagnosticou um "hematoma subdural crônico", consequência de um traumatismo e por isso foi aconselhado a ficar em repouso durante um mês, informou a presidência.

A lesão vascular da chefe de Estado argentina é uma acumulação de sangue entre duas das três membranas que recobrem o cérebro.

O especialista do INEBA explicou que a causa mais comum deste problema são os traumatismos cranianos, "que não precisam ser impactos fortes", podendo desencadear um sangramento lento que deriva em um hematoma dias depois do golpe, especialmente em indivíduos com mais de 60 anos ou que tomem medicação.

Cristina Kirchner, 60 anos, sofre problemas de hipotensão e em janeiro se submeteu a uma operação para a retirada da glândula tireoide.

EFE   
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