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África

Egito: favorito nas eleições pede por votação em massa

General Abdel Fattah al-Sisi pediu ao povo que repita, nessas eleições, a mesma dedicação que tiveram ao sair às ruas em 30 de junho do ano passado

23 mai 2014 - 18h28
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<p>O ex-chefe do Ex&eacute;rcito e candidato &agrave; Presid&ecirc;ncia do Egito, Abdel Fattah al-Sisi</p>
O ex-chefe do Exército e candidato à Presidência do Egito, Abdel Fattah al-Sisi
Foto: Amr Abdallah Dalsh / Reuters

O favorito nas eleições presidenciais no Egito, o general Abdel Fattah al-Sisi, pediu nesta sexta-feira que seus compatriotas votem em massa nas eleições da semana que vem, pouco antes do final da campanha eleitoral.

Em uma entrevista concedida a quatro canais de televisão, o ex-chefe do Exército que arquitetou a derrubada do presidente islâmico Mohamed Mursi em 3 de julho de 2013, também defendeu a controversa lei que proíbe manifestações não autorizadas pelo Ministério do Interior.

"Vocês saíram (às ruas) em 30 de junho porque o Egito estava em perigo", disse Sisi, referindo-se a centenas de milhares de pessoas que participaram de manifestações exigindo a saída de Mursi. O ex-presidente foi derrubado e detido acusado de monopolizar o poder e islamizar o país.

"Agora vocês devem sair às ruas mais do que em qualquer outro momento na história do país. Saiam, mostrem ao mundo que vocês são 40, 45 (milhões), e até mais", a votar nas eleições de segunda e terça-feira, acrescentou. O Egito tem cerca de 85 milhões de habitantes.

Sisi, considerado um herói por milhões de egípcios por ter destituído Mursi, é considerado o grande favorito para vencer a eleição presidencial contra seu único rival, o líder da esquerda Hamdeen Sabbahi.

Perguntado se os protestos voltariam a ser autorizados no futuro, Sisi disse: "Não é que sejam inaceitáveis para mim, mas a situação não permite isso".

"A sociedade quer avançar (...) Será que as pessoas ainda podem tolerar protestos que não são regulados, dada a situação atual?", questionou. "A lei existe para regular protestos, não para proibir".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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