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África

Egito confirma pena de morte a líder muçulmano e mais 182

21 jun 2014 - 05h40
(atualizado às 07h46)
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O tribunal penal da cidade de Minya, no Egito, condenou à morte neste sábado 183 seguidores da Irmandade Muçulmana, entre eles o líder da organização, Mohammed Badia, por distúrbios e atos de violência nessa província em agosto do ano passado.

Conforme informou a agência estatal de notícias Mena, outros 496, de um total de 683 acusados, foram absolvidos, enquanto quatro pessoas receberam sentença a prisão perpétua.

Segundo disseram fontes da Justiça à agência EFE, os acusados que são processados à revelia se expõem a penas maiores, que depois podem ser revisadas se finalmente comparecem ao tribunal.

Os julgados eram acusados de homicídio, tentativa de assassinato, roubo, uso da força, ataque contra instalações públicas em multidão, provocar incêndios e posse de armas de fogo sem licença.

A corte, presidida juiz Said Youssef Sabri, conhecido por ser polêmico, emitiu o veredicto definitivo após receber a sentença não vinculativa do mufti (autoridade máxima religiosa) do Egito, Shauqui Alam, a quem enviou uma decisão preliminar com 683 condenados a morte em abril para que este emitisse sua opinião, como é previsto na lei egípcia.

Os fatos remontam a agosto do ano passado, quando uma onda de violência sacudiu uma aldeia na província de Minya, após o desmantelamento dos acampamentos nas praças de Rabia al Adawiya e Al-Nahda, onde os islamitas protestavam pela destituição militar de Mohammed Mursi.

A condenação provisória à pena capital já havia sido muito criticada pela comunidade internacional e pelas organizações de direitos humanos, enquanto a Irmandade Muçulmana a considerou como "política".

Em um megaprocesso similar em abril deste ano, o mesmo juiz ditou a pena de morte definitiva para 37 pessoas e comutou essa sentença pela prisão perpétua para outras 491, que também tinham sido condenadas à morte.

EFE   
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