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Merkel defende obrigatoriedade do uso de máscara contra a covid-19

6 jul 2020 - 15h11
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"Máscaras são essenciais para manter baixo o número de infecções", diz líder alemã, em reação a político que sugeriu suspender a medida. Ministro da Saúde e secretários estaduais decidem que proteção segue obrigatória.Na luta contra o coronavírus, o uso da máscara continua obrigatório na Alemanha. A decisão foi tomada pelos 16 secretários estaduais de Saúde e o ministro da Saúde do país, Jens Spahn, nesta segunda-feira (06/07), após a chanceler federal Angela Merkel defender a medida.

Berlim defendeu que sejam mantidas "regras que nos ajudaram tão bem na luta contra a pandemia nos últimos meses"
Berlim defendeu que sejam mantidas "regras que nos ajudaram tão bem na luta contra a pandemia nos últimos meses"
Foto: DW / Deutsche Welle

Mais cedo nesta segunda, Merkel reafirmou a importância do uso de máscara em espaços públicos onde a distância mínima não pode ser mantida, respondendo a um debate surgido no último final de semana sobre a suspensão antecipada da norma, pelo menos em estabelecimentos comerciais.

No domingo, o secretário estadual da Economia do estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Harry Glawe, afirmou que não via necessidade de manter a obrigatoriedade da máscara em lojas já que a taxa de infecções permanece baixa. O estado é o menos afetado pela epidemia de covid-19.

Em reação à fala, o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, reiterou a posição da chanceler federal de que "as máscaras são um meio importante e, do ponto de vista atual, essenciais para manter baixo o número de infecções" em qualquer lugar da vida pública onde a distância mínima não é garantida.

Seibert acrescentou que a máscara serve para proteger a si e aos outros, "seja no ônibus, no metrô ou no comércio". "A ideia é manter a obrigatoriedade do uso de máscara", ainda mais agora, nas férias do verão europeu, quando a mobilidade volta a aumentar, afirmou.

Além disso, o porta-voz observou que muitas pessoas estão viajando, e regiões com um número reduzido de casos do coronavírus estão recebendo pessoas de outras partes do país.

"Essa nova mobilidade vai ser celebrada, torna as nossas vidas mais fáceis e mais bonitas, mas deve ser acompanhada pelo cumprimento das regras que nos ajudaram tão bem na luta contra a pandemia nos últimos meses", disse Seibert , referindo-se ao distanciamento social, às regras de higiene e ao uso da máscara.

Além de Merkel, o ministro alemão da Saúde e outras lideranças políticas também reagiram à declaração do secretário de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. Em entrevista à rádio Deutschlandfunk, Jens Spahn disse ser importante "que não sejamos descuidados".

"Eu entendo perfeitamente o desejo de voltar à vida cotidiana como era antes, eu entendo a impaciência - usar máscaras nem sempre é agradável. Mas vemos que em espaços fechados em particular, e onde a distância mínima nem sempre é garantida, máscaras podem fazer a diferença", acrescentou o ministro.

A liderança da União Democrata-Cristã (CDU), partido de Merkel, tem a mesma opinião. "O coronavírus não está de férias", disse o secretário-geral da sigla, Paul Ziemiak, acrescentando que "usar máscara é sexy".

O colíder do Partido Social-Democrata (SPD), legenda que compõe a coalizão do governo federal ao lado da CDU, também defendeu o uso compulsório da máscara. "Devemos exercitar a cautela aqui", disse Norbert Walter-Borjans ao jornal Bild no domingo.

Os estados alemães, que são responsáveis por estabelecer e suspender as medidas de contenção ao coronavírus em seus territórios, tornaram obrigatório o uso da máscara em transportes públicos e estabelecimentos comerciais em abril.

Segundo a imprensa alemã, a medida voltou a ser discutida nesta segunda-feira pelos titulares da Saúde nos estados e no governo federal, que decidiram manter a obrigatoriedade até mesmo em lojas, sob a justificativa de que não se pode passar aos alemães a falsa impressão de que a epidemia acabou.

O debate surgiu num momento em que a Alemanha soma cerca de 5.800 casos ativos de covid-19. O número total de infectados desde o primeiro caso de contágio registrado no país, no final de janeiro, é de 196.554, com 219 novos casos nas últimas 24 horas. Já o total de mortos é de 9.016 até o momento, sendo que nenhum óbito foi registrado em 24 horas.

EK/afp/ap/dpa/rtr/efe

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