Homem perde R$ 500 mil em golpe de “sex-extorsão”; suspeitos são presos
Cinco pessoas foram presas suspeitas de fazer parte da associação criminosa que enganou vítima por meio das redes sociais
Cinco pessoas foram presas suspeitas de extorquir, durantes os meses de janeiro, fevereiro e março, um morador da cidade de Rio Verde (GO). De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi enganada por meio das redes sociais e perdeu R$ 500 mil com o golpe de “sex-extorsão”.
Conforme apurado pelo Terra, as Polícias Civis de Goiás e do Rio Grande do Sul deflagraram, na manhã desta quinta-feira, 23, a Operação Sem Fronteiras, ação conjunta com o objetivo de desarticular a associação criminosa.
As investigações começaram porque, no início deste ano, a vítima, um homem de 30 anos, iniciou contato com um perfil no Instagram de uma jovem. Segundo a polícia, a conversa entre os dois ganhou cunho sexual e, então, um criminoso, se passando pelo suposto pai dessa garota, afirmou à vítima que a menina era menor de idade e que aquelas conversas causaram a ela muitos constrangimentos.
Em seguida, o criminoso simulou a necessidade de tratamento psiquiátrico da menor e até mesmo o seu suicídio. Assim, exigiu da vítima uma compensação financeira para se reparar, material e moralmente, esses danos.
Depois, os investigados, se passando falsamente por supostos advogados e autoridades públicas, falsos delegados de polícia e conselheiros tutelares, entraram em contato com a vítima, informando-lhe que ela havia cometido crimes em razão das conversas de natureza sexual com a garota.
Sob o argumento, os criminosos, fingindo serem agentes públicos corruptos e fazendo a vítima acreditar que havia cometido crimes relacionados à pedofilia, exigiram quantias dela, para que ela não sofresse sanções criminais.
De acordo com a polícia, foram reiteradas as quantias extorquidas, sempre precedidas de uma nova ameaça de punição legal, o que levou ao prejuízo de cerca de R$ 500 mil para a vítima.
Durante a operação desta quinta, a polícia cumpriu os mandatos de prisão temporária dos suspeitos, e cumpriu ainda 12 medidas cautelares de busca e apreensão. Foram realizadas buscas e prisões na região metropolitana de Porto Alegre, especificamente nas cidades de Novo Hamburgo, Taquara e São Leopoldo.
Algumas buscas foram feitas, inclusive, em presídios da região metropolitana da capital, em Novo Hamburgo, Charqueadas e Montenegro. Participaram da ação 50 policiais civis. Até o momento, três investigados não foram localizados.
As investigações agora seguem com o objetivo de se identificar novos envolvidos na prática criminosa e também de identificar o que foi feito com o dinheiro da vítima. A operação foi denominada de Sem Fronteiras pois as associações criminosas que atuam, como a que é alvo da investigação, vitimam pessoas de diferentes lugares.
Os investigados responderão pelos delitos de estelionato e extorsão. A operação foi conduzida pelo Grupo de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) de Rio Verde, através do cartório de crimes cibernéticos, e Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudadores de Porto Alegre, com apoio das delegacias locais gaúchas.