Fórmula E: saiba como foi a corrida em São Paulo
O ePrix de São Paulo abriu mais uma temporada da Fórmula E com uma corrida caótica, que parece ser tradição para a categoria. Apesar da alta movimentação e trocas na primeira posição, Jake Dennis, da Andretti, levou a melhor. O atual campeão Oliver Rowland e Nick Cassidy completaram o top 3.
Enquanto isso, os brasileiros do grid deixaram um gosto agridoce na boca do público presente. Felipe Drugovich, novato na Andretti, escalou o pelotão e encerrou sua primeira corrida como piloto integral da Fórmula E na quinta posição, mas foi punido por ultrapassar sob bandeira amarela e caiu para 12º. Já o veterano Lucas di Grassi, da Yamaha-Lola-Abt, se envolveu em um acidente com Edoardo Mortara e abandonou o ePrix.
O público presente no Sambódromo do Anhembi também pode presenciar o grave acidente do espanhol Pepe Martí, que ocorreu ao fim da corrida. Após ser "alçado" entre dois carros, girou no ar e aterrissou no traçado. Além disso, houve seis abandonos na primeira corrida da temporada.
Como foi a corrida da Fórmula E?
O ePrix de São Paulo começou com uma leve confusão no fundo do grid, após os dois pilotos da Mahindra Racing se tocarem na primeira curva. Apesar disso, Drugovich conseguiu largar bem e ganhar duas posições. Dan Ticktum teve um furo no pneu dianteiro e precisou ir aos boxes, enquanto Edoardo Mortara recebeu a primeira punição do dia após um incidente na primeira volta.
Na terceira volta, Pascal Wehrlein já havia assumido a liderança e Lucas di Grassi acionou o modo ataque para subir ao 9º lugar. Apesar disso, as posições não se mantiveram. Na oitava volta, António Félix da Costa assumiu a liderança, seguido por Mitch Evans em uma dobradinha da Jaguar.
Foi somente na 16ª volta que Drugovich acionou o seu primeiro modo ataque da corrida. No meio do grid, Oliver Rowland acabou acertando seu próprio companheiro de equipe, Norman Nato, fazendo com que o piloto abandonasse a primeira corrida da temporada.
Ticktun foi o próximo a abandonar o ePrix, após levar quatro penalizações por drive-thru. Com dez voltas para o fim, Felipe conseguiu o impulso necessário para subir à sexta posição.
É importante notar que a maioria dos pilotos acionou o segundo "attack mode" na 22ª volta, quando as baterias estavam com cerca de 30% de energia restante. Na volta seguinte, a bandeira amarela foi acionada após Di Gassi acertar Mortara na pista.
A entrada do safety car acabou prejudicando a corrida de Rowland, Cassidy, Wehrlein, Da Costa, Muller, Eriksson, Guenther e Buemi, que estavam com o modo ataque acionado e precisaram andar no delta do safety car.
Drugovich se beneficiou da estratégia de esperar para usar o modo ataque nas três voltas finais, mas levou uma punição por usar a potência durante uma bandeira amarela local, acionada por uma escapada de Evans.
Com somente duas voltas para o fim, o acidente de Pepe Martí acionou a bandeira vermelha. O piloto, que seguia em alta velocidade durante a bandeira amarela, passou entre os carros de Muller e Da Costa, girando no ar antes de aterrissar no traçado.
Martí saiu andando normalmente após o acidente, e, por sorte, não estava mais no carro quando o veículo começou a pegar fogo. A corrida retornou às 15h01 (Brasília) em regime de safety car, restando duas voltas para o fim.
Restando uma volta, Dennis criou a maior distância que conseguia para Rowland que vinha logo atrás, e garantiu a vitória na corrida de São Paulo da Fórmula E 2025/26.
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