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Evangélicos discutem boicotar reunião com ministro da Educação

Ausência em encontro com Ricardo Vélez Rodríguez foi tratada em conversas no grupo de WhatsApp de deputados da Frente Parlamentar Evangélica as quais o 'Estado' teve acesso

20 mar 2019 - 05h11
(atualizado às 09h08)
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BRASÍLIA - Deputados da bancada evangélica ameaçam boicotar convite do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, para uma reunião nesta quarta-feira, 20, no seu gabinete em Brasília. A ausência foi tratada em conversas no grupo de WhatsApp da Frente Parlamentar Evangélica as quais o Estado teve acesso. A preocupação é de que a presença dos deputados seja interpretada como apoio à permanência de Vélez no cargo e a bancada não quer referendar um nome que não indicou.

O Estado apurou que, em parceria com a bancada católica, os evangélicos vão promover um encontro para organizar apoio ao senador Izalci Lucas (PSDB-DF), um dos cotados para substituir Vélez. O ministro está na berlinda desde que virou alvo do grupo ligado ao escritor Olavo de Carvalho e se envolveu em polêmicas, como determinar que as escolas gravem os alunos cantando o Hino Nacional e enviem vídeos ao Ministério da Educação (MEC). Após o Estado revelar o caso, o ministro recuou.

Presidente interino da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado federal Lincoln Portela (PR-MG) disse que recebeu dos assessores legislativos da pasta Orley Silva e Paulo Roberto Galindo o convite para a reunião com o ministro. O objetivo, segundo ele, era levar a frente para abrir diálogo com Vélez.

Na tarde desta terça-feira, 19, assessores de Vélez ligavam para os deputados para confirmar o encontro, enquanto o líder do governo no Congresso, Marco Feliciano (Podemos-SP), se dedicava a convencer os colegas a recusar o convite. "O MEC está desgovernado e o ministro não vai usar bancada para escudo", disse.

Planalto. Na semana passada, Vélez esteve no Planalto quatro vezes, o que gerou especulações de que seria substituído. Nesta terça-feira, o ministro voltou ao palácio para reunião na Casa Civil, para tratar do nome do secretário executivo da pasta. Ele tentou emplacar a educadora Iolene Lima na vaga, mas o nome foi vetado pelo governo.

Estadão
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