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No Rio, Romário e Indio trocam acusações sobre patrimônio

Encontro entre os candidatos ao governo fluminense, realizado pela TV globo, teve grande número de direitos de resposta

3 out 2018 - 02h17
(atualizado às 07h54)
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Trocas de acusações, com um grande número de direitos de resposta, foram as marcas do debate entre candidatos ao governo do Estado do Rio nas eleições 2018, promovido pela TV Globo na noite desta terça-feira, 2. Foi o último debate antes das eleições deste domingo, 7, numa corrida liderada por Eduardo Paes (DEM), segundo as pesquisas de intenção de voto.

Romário é candidato pelo Podemos ao governo do Rio
Romário é candidato pelo Podemos ao governo do Rio
Foto: ROMMEL PINTO/FUTURA PRESS / Estadão

A primeira troca de acusações foi entre os candidatos Wilson Witzel (PSC) e Indio da Costa (PSD). Witzel, ex-juiz federal, começou lembrando suspeitas envolvendo o candidato do PSD, mas foi Indio quem se destacou na distribuição de acusações ao longo do debate.

Indio disse que temia pelas sentenças proferidas por Witzel, já que o candidato do PSC acusava sem provas. Em seguida, listou acusações contra Paes - num dos blocos, começou sugerindo que os telespectadores buscassem na internet os termos "Eduardo Paes milícia".

Mais tarde, Indio entrou em embate com Romário Faria (Podemos), após o ex-jogador de futebol lançar suspeitas sobre a evolução do patrimônio do candidato do PSD. Numa sequência de direitos de resposta, Indio rebateu dizendo que tem atividades profissionais, como advogado e empresário, diferentemente de Romário, cujo patrimônio "não se sabe de onde vem nem para onde vai", numa referência a acusações de que o candidato do Podemos teria feito doações ilegais de bens para parentes.

"Dizer aqui que não sabe de onde vem o meu dinheiro? Está de brincadeira! Joguei futebol profissional desde 18 anos", afirmou Romário, ressaltando que seu "dinheiro sempre foi limpo" e declarado. "Ganhei meu dinheiro literalmente suado", disse o campeão do mundo de 1994.

Indio também polemizou com a candidata do PT, Marcia Tiburi. "Márcia, você representa uma quadrilha que roubou o País", disse Indio, quando respondia à candidata do PT sobre contas públicas. Segundo o candidato do PSD, que foi candidato a vice-presidente, pelo DEM, na chapa de José Serra (PSDB) em 2010, o candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad "pertence à quadrilha", que é "comandada da cadeia" pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato. "Não tem essa estória de 'Lula, livre', é 'Lula, preso'", afirmou Indio.

Marcia conquistou direito de resposta e disse que o PT é o partido "mais querido" do País. "Lula foi preso de forma injusta", afirmou a candidata do PT, para quem Haddad foi "o melhor ministro da Educação" que o País já teve.

Paes também foi alvo. O candidato do PSOL, Tarcísio Motta, lembrou que Paes está na lista de políticos com apelidos da construtora Odebrecht. "Todo mundo sabe que você é o nervosinho da Odebrecht", disse Motta para Paes, no terceiro bloco do debate, encerrado há pouco.

Segundo o ex-prefeito do Rio, "todo mundo que está na vida publica está sujeito a investigações". "Sou favorável e defensor da Lava Jato, mas compete a quem delatou comprovar", afirmou Paes.

A corrida presidencial também foi tema do debate. Nas considerações finais, Witzel e Indio declararam apoio ao candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro. A candidata do PT, Marcia Tiburi, alertou para o perigo do "fascismo", sem citar Bolsonaro. "Fascismo é o fim da democracia", disse Marcia, nas considerações finais.

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