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Não há necessidade de adiar eleições se projeção de Mandetta estiver certa, afirma Maia

Presidente da Câmara diz que se a partir de setembro diminuir as infecções do novo coronavírus, como disse o ministro, pleito poderá ocorrer em outubro; 'Hora de focar no enfrentamento da crise', afirma o deputado

22 mar 2020 - 15h44
(atualizado às 15h47)
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BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), discordou neste domingo, dia 22, da necessidade imediata de se discutir o adiamento das eleições municipais, agendadas para outubro. Para ele, o debate não deve ficar para depois, ante a necessidade de enfrentamento da pandemia da covid-19 e da consequente crise sanitária e econômica no País.

"Hora de focar no enfrentamento da crise", disse Maia ao Estado. "Vamos cuidar do combate ao vírus."

O presidente da Câmara afirmou que entende que não haverá necessidade de adiar o pleito de prefeitos e vereadores, caso as projeções de seu correligionário, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, estejam corretas. O ministro previu um aumento das infecções em abril, maio e junho, seguido de estabilização em julho e agosto e decréscimo da curva em setembro.

"Se a projeção na curva de contaminação do ministro Mandetta estiver certa não haverá necessidade de adiar a eleição", avaliou Maia.

O deputado ainda lembrou que o ministro Luís Roberto Barroso, que será presidente do Tribunal Superior Eleitoral a partir de maio, se manifestou contrário à ideia.

Neste domingo, Mandetta afirmou que o Congresso deveria adiar as eleições municipais deste ano, marcadas para outubro, para conter o avanço do novo coronavírus no País. O comentário foi feito durante reunião por videoconferência com prefeitos de capitais.

Para Mandetta, a disputa eleitoral pode comprometer o foco dos gestores e causar uma "tragédia". "Faço aqui até uma sugestão. Está na hora de o Congresso falar: 'adia', faz um mandato desses vereadores e prefeitos. Eleição no meio do ano... uma tragédia, por que vai todo mundo querer fazer ação política", disse. /COLABOROU VINÍCIUS VALFRÉ

Estadão
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