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Covas promete ficar os 4 anos caso seja eleito em SP

Durante a sabatina do Estadão, prefeito disse que não seguiria caminho trilhado por outros tucanos na Prefeitura

19 nov 2020 - 14h37
(atualizado às 14h39)
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O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas, prometeu terminar o mandato caso seja reeleito e que, neste caso, só será candidato novamente em 2026. Durante a sabatina do Estadão, ele rebateu a possibilidade de concorrer ao governo estadual nas próximas eleições - caminho tomado pelos últimos dois tucanos que ocuparam o cargo, José Serra e João Doria. Ao longo da entrevista, ele reforçou seu discurso a favor da responsabilidade fiscal e evitou se comprometer com a manutenção do preço atual da tarifa de ônibus em 2021.

"Se eu for reeleito, eu só volto a ser candidato em 2026", disse Covas, após ser questionado sobre especulações em torno de seu nome para o Palácio dos Bandeirantes. "Não há qualquer possibilidade de candidatura em 2022, já deixei isso claro."

O término do mandato tem sido um dos temas usados por adversários para criticar os tucanos, especialmente após o companheiro da chapa de Covas em 2016, João Doria, deixar a Prefeitura em seu primeiro mandato para disputar o governo estadual. Pela promessa de Covas, caso seja reeleito no segundo turno ele ainda passaria dois anos sem mandato, após concluir uma eventual gestão até o fim de 2024.

Covas ainda rebateu a cobrança por não ter uma "marca" da sua gestão municipal na forma de grandes obras. "Quem tem marca é cerveja", disse. "Político precisa ter responsabilidade. Nossa gestão foi marcada pela responsabilidade fiscal e boa gestão do recurso público."

Responsabilidade fiscal

O atual prefeito foi questionado sobre as diferenças do seu plano de governo com as propostas de seu oponente, o candidato Guilherme Boulos (PSOL), e a necessidade de investimento público a partir do próximo ano para reativar a economia e gerar empregos. Covas defendeu que o esforço para economizar gastos públicos permitiu atravessar o período da pandemia do coronavírus com aumento do investimento, mesmo com queda de receitas e aumento de despesas.

O candidato à reeleição na Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), durante sabatina com jornalistas do Estadão
O candidato à reeleição na Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), durante sabatina com jornalistas do Estadão
Foto: Reprodução / Estadão Conteúdo

"Se não tivesse sido essa atuação de responsabilidade fiscal, a gente teria passado 2020 com dificuldade financeira", disse Covas. "Não há milagre, não há dinheiro que cai do céu."

Cobrado sobre um valor de aproximadamente R$ 8 bilhões em caixa que poderiam ser desvinculados e aplicados em investimento pela Prefeitura, Covas rechaçou a alternativa e disse que o ato seria equiparado a entrar no "cheque especial". "Depois, a Prefeitura precisa pagar de volta esses recursos", disse.

Estadão
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