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Climatempo

El Niño 2015/2016 é o segundo mais forte em 66 anos

Fenômeno atua forte no verão

12 jan 2016 - 18h51
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El Niño continua forte

O fenômeno El Niño que voltou a se organizar em 2015 continua interferindo no clima do planeta durante todo o verão de 2016. Este episódio está entre os três mais intensos já observados desde 1950. O índice que mede a força do EL Niño, chamado índice ONI (Oceanic Niño Index) considera a média das anomalias da TSM durante três meses móveis. O valor de ONI dos episódios mais intensos de El Niño desde 1950 é mostrado na tabela abaixo. 

O índice ONI para o El Niño 2015/2015 supera em todos os trimestres o evento de 1982/1983 ficando abaixo apenas do episódio de 1997/1998, considerado o mais forte El Niño já observado.

Foto: Climatempo

Depois da chuva excessiva no Sul durante toda a primavera de 2015, a chuva deu uma relativa trégua ao Sul do Brasil. A segunda semana de janeiro de 2016 começou com predomínio de sol e tempo seco  no Sul. Já no Nordeste, onde choveu muito na primeira semana do ano, o tempo voltou a secar. 

O  como a chuva excessiva, enchentes e milhares de desabrigados e desalojados, estradas e pontes destruídas e redução da produção agrícola  no Sul do Brasil, na Argentina, no Paraguai e Uruguai. O calor recorde no norte da Austrália em outubro de 2015, as recentes enchentes na Califórnia, a falta de frio e de neve na região de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Foto: Climatempo

O El Niño não acabou e ainda vai determinar a forma como a chuva será distribuída sobre o Brasil ao longo do verão. A meteorologista Josélia Pegorim comenta sobre as mais recentes projeções da continuidade e intensidade do El Niño divulgadas pela NOAA, dos Estados Unidos, em 11 de janeiro de 2016. 

O El Niño é caracterizado por um aquecimento acima do normal das águas do oceano Pacífico Equatorial. A tabela abaixo mostra as regiões determinadas por latitudes e longitudes consideradas usualmente para monitoramento da temperatura do Pacífico Equatorial. A região principal é a Niño 3+4 ou Niño 3.4.

Foto: Climatempo

Foto: Climatempo

Entenda as siglas e termos

TSM: temperatura superficial da água do mar

ENOS: El Niño – Oscilação Sul

Anomalia de temperatura: – diferença entre a temperatura observada real e um valor médio de referência, normalmente a média histórica de 30 anos.

A anomalia é positiva quando a temperatura real fica acima do valor médio. A anomalia é negativa quando a temperatura real fica abaixo da média. O El Niño é caracterizado por uma anomalia positiva de pelo menos 0,5°C, por três trimestres consecutivos e ininterruptos. A La Niña é caracterizada por uma anomalia negativa de pelo menos 0,5°C no mesmo período.

Análise semanal da anomalia da TSM na região Niño 3.4

Foto: Climatempo

As condições atuais da anomalia da TSM no Pacífico Equatorial indicam a presença do fenômeno El Niño. Segundo a análise da NOAA/EUA, atualizada em 11 de janeiro de 2016, a média da anomalia da TSM no período de 16 de dezembro de 2015 a 6 de janeiro de 2016, a anomalia da TSM na região Niño 3.4 estava positiva e foi de 2,6°C acima da média numa grande área oceânica.

Foto: Climatempo

 Anomalia da temperatura subsuperficial do Pacífico Equatorial

O aquecimento acima do normal das águas do oceano Pacífico Equatorial, que caracteriza o fenômeno El Niño, acontece também em águas profundas.

Na mais recente análise sobre a evolução do fenômeno El Niño emitida pela NOAA/Climate Prediction Center/ NCEP,  de 11 de janeiro 2016, a anomalia positiva das águas subsuperficiais do Pacífico Equatorial continuou sendo observada nos últimos dois meses

Os gráficos abaixo mostram a anomalia da temperatura subsuperficial do Pacifico Equatorial até a profundidade de 300 m. Os tons de vermelho representam a anomalia positiva (temperatura acima do normal) e os tons de azul representam a anomalia negativa (temperatura abaixo do normal).

A presença desta massa de água quente em profundidade é um dos fatores analisados para se verificar o estágio de progressão do El Niño.  Em anos de El Niño observa-se que as águas quentes se concentram na parte leste do Pacífico Equatorial enquanto na porção oeste, que corresponde à região da Indonésia, as águas ficam com temperatura abaixo do normal.

Foto: Climatempo
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