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Não gosto da graduação que escolhi: o que fazer? Trancar, ir até o fim ou pedir transferência?

Antes de tomar uma decisão, especialistas reforçam a importância de tentar compreender melhor o curso, além de buscar atividades práticas

4 jan 2024 - 05h00
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Não gosto da graduação que escolhi: o que fazer? Trancar, ir até o fim ou pedir transferência?
Não gosto da graduação que escolhi: o que fazer? Trancar, ir até o fim ou pedir transferência?
Foto: Freepik

Você escolheu um curso, fez o vestibular, foi aprovado na faculdade, porém agora está na dúvida se fez a escolha certa? Muitos estudantes passam por esse mesmo questionamento, principalmente no início da graduação, uma vez que a rotina da faculdade é muito diferente da escola ou do cursinho, e pode causar um estranhamento.

Mas o que fazer nesse caso de incerteza? Segundo especialistas ouvidos pelo Terra, antes de tomar qualquer decisão em relação ao curso, é importante avaliar primeiro se você está passando pelo período natural de adaptação da faculdade.

"Toda graduação começa pelo ensino de conhecimentos básicos, coisas muito teóricas, e só depois trabalha a aplicabilidade dos conceitos. Portanto, é muito precoce desistir logo no início porque ainda não há uma visão do que vai acontecer, de como vai ser na prática", explica Fabrício Garcia, especialista em ensino superior, avaliação e currículo e fundador da Qstione, plataforma de análise de dados educacionais.

Ele também destaca a necessidade de entender que a graduação é apenas uma parte dos planos traçados pelo aluno para o mercado de trabalho. "A graduação vai dar uma base para que o estudante se especialize mais depois. Portanto, ele precisa primeiro entender o que é a graduação e, a partir daí, compreender que isso é só o primeiro degrau pra ele chegar no sucesso na carreira", pontua.

Para ajudar a descobrir se esse incômodo é só o período de adaptação, Maria Stella Sampaio Leite, orientadora profissional na Colmeia, aconselha, por exemplo, a tentar compreender melhor o curso escolhido, conversar com estudantes de outros anos e profissionais da área, além de buscar atividades práticas na faculdade que possam mostrar se o curso corresponde ao que você imagina.

Começar a fazer estágios também pode ser um grande aliado nessa fase. "Esse contato com o mundo real talvez seja a cereja do bolo. Pode fazer com que o estudante entenda melhor o que está passando na graduação e consiga ter mais perseverança, consiga seguir no curso com mais certeza do que está fazendo", acrescenta Garcia. 

O que está incomodando?

No entanto, passado esse período, caso as dúvidas sobre a escolha do curso persistam, é importante avaliar outros pontos para mapear o que realmente está incomodando.

Maria Stella orienta a fazer perguntas que envolvam vários aspectos da faculdade: "É do curso mesmo que não gosto? É a estrutura da faculdade? O problema é o currículo do curso naquela faculdade? São os professores ou os colegas de classe? É o método usado nas aulas?", exemplifica.

"O mesmo curso pode ser oferecido por várias universidades, com enfoques diferentes, com currículos diferentes. Às vezes, o problema não está no curso em si, mas na instituição que o aluno escolheu. Ele tem que olhar qual o currículo que está sendo oferecido e verificar se atende o que ele almeja dentro de uma estratégia de formação para o mercado de trabalho. Se não oferecer, ele pode pedir transferência para uma outra instituição", completa Garcia.

Especialistas reforçam a importância de tentar compreender melhor o curso, além de buscar atividades práticas
Especialistas reforçam a importância de tentar compreender melhor o curso, além de buscar atividades práticas
Foto: Freepik

E se for o curso mesmo?

Mesmo após se informar mais sobre o curso e o mercado de trabalho da profissão, você pode sentir que realmente fez a escolha errada. O que fazer nesse caso? De acordo com Garcia, essa é uma decisão muito pessoal, mas é essencial fazer o exercício de tentar se imaginar na profissão no futuro.

"Se ele não se vê fazendo aquilo no futuro, talvez seja um indicador de que talvez aquele curso não seja a vocação dele. Mas é preciso ter cuidado para não cair nas armadilhas mentais, porque o nosso cérebro tende a fazer a gente fugir das dificuldades em que nos encontramos", afirma.

Antes de tomar uma decisão ou escolher um novo curso, Maria Stella também aconselha a buscar uma orientação profissional que vai ajudar no processo de autoconhecimento e no rumo sobre o melhor campo profissional a seguir.

Fonte: Redação Terra
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