A Geração Z sofre de etarismo no trabalho, mas ao contrário: muitas empresas se recusam a contratar pessoas jovens
O "juvenilismo" é um novo fenômeno que discrimina abertamente a juventude. Muitos chefes consideram a geração Z sensível demais e preguiçosa
O mercado espanhol vive uma realidade difícil. Segundo o relatório Oferta e Demanda de Emprego na Espanha, da Infoempleo e do Grupo Adecco, 35,76% das empresas consultadas terão dificuldades para renovar sua equipe quando os atuais funcionários começarem a se aposentar nos próximos anos.
Parte da culpa está nos requisitos das empresas: muitas não querem pessoas muito jovens, mas também há resistência em contratar pessoas acima de 50 anos. Um novo estudo agora mostra que esse problema de etarismo contra a Geração Z não é exclusivo de algumas empresas espanholas.
E essa discriminação já tem nome: o juvenilismo, do inglês youngism, e se refere a um conjunto de estereótipos e práticas que consideram os trabalhadores mais jovens pouco confiáveis, preguiçosos e desleais. Segundo uma pesquisa nos EUA citada pela Fortune, ele superou qualquer outro tipo de discriminação por idade, e seus impactos econômicos são alarmantes.
Ao mesmo tempo, na Espanha, estima-se que, em alguns anos, cinco milhões de pessoas se aposentarão, de modo que as empresas precisam superar esses preconceitos e se adaptar às exigências do talento jovem se não quiserem ficar sem mão de obra para manter suas atividades.
Chefes que rejeitam o talento jovem
Na prática, isso se traduz no fato de que os trabalhadores jovens perderam espaço em comparação aos mais velhos desde 2022, e aproximadamente metade dos empregadores da pesquisa afirmou aos pesquisadores que os candidatos jovens "não estão preparados para o ...
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