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'Banheiro da morte': aluno relata violência em local onde menino de 13 anos foi agredido

Carlos Teixeira morreu após ser vítima de violência na Escola Estadual Júlio Pardo Couto, em Praia Grande (SP)

23 abr 2024 - 17h23
(atualizado às 23h39)
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Resumo
Adolescente de 14 anos relatou que violências são comuns na Escola Estadual de Praia Grande (SP) onde Carlos Teixeira sofreu bullying e agressões antes de morrer.
Escola Estadual Professor Julio Pardo Couto
Escola Estadual Professor Julio Pardo Couto
Foto: Reprodução/Google Maps

Um adolescente de 14 anos, aluno da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, em Praia Grande (SP), relatou que as agressões são comuns na instituição de ensino. Foi nessa escola onde o estudante Carlos Teixeira, de 13 anos, foi agredido pelas costas e depois morreu.

Em entrevista ao g1, o adolescente contou que há um grupo de agressores conhecido como 'grupo do terror'. Segundo ele, os atos de violência são cometidos no banheiro, que é chamado de 'banheiro da morte', já que ali não há câmeras de segurança para monitoramento. 

"Tinha até um grupinho de alguns moleques, que era chamado 'grupo do terror'. Já ouvi muitas coisas sobre esse banheiro, e era conhecido assim mesmo, como 'banheiro da morte", relatou. 

A mãe do adolescente disse que irá mudar o menino de escola. "As famílias estão com medo de mandar [as crianças] para lá. Estou decidida. O meu filho não estudará mais lá. O meu filho, por exemplo, foi agredido lá, mas consegui resolver a tempo [ela alegou ter conversado com os agressores na saída da escola], mas essa mãe [de Carlos Teixeira] infelizmente não teve a mesma sorte", desabafou. 

Ela descobriu as agressões contra o filho porque o menino tentou sair mais cedo da escola, pois estava com medo de sofrer outras violências na saída. "Mas foi 'pego' e levado para a diretoria", contou.

A mãe disse ter acionado a diretoria, que afirmou não ter registrado agressões ao adolescente naquele dia. "O sentimento é de revolta e medo", desabafou. "Esse banheiro é perigosíssimo. Todas as brigas são resolvidas lá, pois não tem câmera. Eles [os agressores] esperam o aluno que querem fazer bullying entrar e, então, atacam em bando. São sempre os mesmos", finalizou. 

Relembre o caso

Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazara, de 13 anos, morreu em 16 de abril, após ser agredido na Escola Estadual Júlio Pardo Couto, em Praia Grande (SP). O menino sofreu chutes nas costas. Ele foi internado na Santa Casa de Santos, pois estava com dificuldades para respirar, sofreu três paradas cardiorrespiratórias e não resistiu.

O pai do menino, Julisses Fleming, contou que o filho estava no 6º ano e vinha sendo vítima de agressões e perseguição por outros alunos da escola. De acordo com ele, apesar de ter entrado em contato com a instituição de ensino para relatar os episódios de bullying, nada foi feito.

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) afirmou lamentar profundamente o falecimento do estudante. "A Diretoria de Ensino de São Vicente instaurou uma apuração preliminar interna do caso e colabora com as autoridades nas investigações", acrescentou a pasta.

Fonte: Redação Terra
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