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AM: munição encontrada com suspeito sugere ligação com crime internacional

Identificado como 'Pelado', o suspeito vive na comunidade de São Rafael, conhecida por servir como espécie de base para traficantes de drogas e exploradores de terras indígenas do Vale do Javari; repórter britânico e indigenista estão desaparecidos desde domingo

8 jun 2022 - 13h31
(atualizado às 13h56)
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Equipes fazem busca por jornalista Dom Phillips e indigenista Bruno Pereira no Vale do Javari
Equipes fazem busca por jornalista Dom Phillips e indigenista Bruno Pereira no Vale do Javari
Foto: Ministério da Defesa

O tipo de munição encontrada com o pescador suspeito de ligação com o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, no Vale do Javari (AM), sugere uma ligação com o crime organizado estrangeiro. Segundo fontes com acesso às investigações, a munição que justificou a prisão em flagrante do homem identificado como "Pelado" era de calibre 762, usada em fuzis, e tinha origem peruana.

Embora ele seja o principal suspeito até agora, a prisão não tem ligação direta com o caso do desaparecimento. O pescador foi preso em flagrante por uma equipe da Polícia Militar do Amazonas.

O homem identificado como "Pelado" vive na comunidade de São Rafael, conhecida por servir como espécie de base para traficantes de drogas e exploradores invadirem as terras indígenas do Vale do Javari.

O indigenista Bruno Araújo Pereira desapareceu junto com o jornalista inglês Dom Phillips durante uma viagem pelo rio Ituí, no Vale do Javari. Servidor licenciado da Funai, Pereira vinha recebendo ameaças. Foto: Bruno Jorge/Funai e Dom Phillips/Twitter

Bruno Pereira e Dom Phillips foram vistos pela última vez na manhã do último domingo, 5. Eles deveriam chegar na cidade de Atalaia do Norte (AM) por volta das 9 horas, o que não ocorreu.

O governo federal tem sido criticado pela pouca estrutura disponibilizada para fazer realizar as buscas. As famílias dos desaparecidos e diversas personalidades, como o ex-jogador Pelé, também cobram urgência na resposta.

Estadão
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