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Maria Stuarda tem estreia nacional, no 22º Festival Amazonas de Ópera

Maria Stuarda, do compositor italiano Gaetano Donizetti será apresentada, neste domingo (5/4), no 22º Festival Amazonas de Ópera (FAO).

3 mai 2019 - 08h55
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Não há registros de que Mary Stuart, rainha da Escócia, e Elizabeth I, regente na Inglaterra, tenham se encontrado, porém, as figuras históricas entram em conflito na peça de Friedrich Schiller, na qual foi baseado o libreto da ópera "Maria Stuarda", do compositor italiano Gaetano Donizetti, que será apresentada, neste domingo (5/4), no 22º Festival Amazonas de Ópera (FAO). A versão crítica da obra terá estreia no Brasil, no palco do Teatro Amazonas, às 19h.

Foto: DINO / DINO

O FAO é uma realização do Governo do Amazonas, através da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), com patrocínio master do Bradesco, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cidadania e Secretaria Especial de Cultura. O evento, que começou no dia 26 de abril, segue com apresentações de ópera, recitais e concertos até 30 de maio.

Com três horas de duração, incluindo os intervalos, "Maria Stuarda" será apresentada pela Amazonas Filarmônica, Coral do Amazonas e Núcleo de Teatro do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro. A direção musical e regência ficam a cargo do maestro Marcelo de Jesus, que destaca a ópera como importante no repertório belcantista, no qual o canto e a voz são as características principais da obra.

"O Bel canto já faz parte do DNA do Festival. Já fizemos obras de Gioachino Rossini e Vincenzo Bellini, que juntos a Donizetti, são o auge dessa tradição vocal. 'Maria Stuarda' tem sido resgatada nos teatros de todo mundo e agora será apresentada pela primeira vez no País", diz Marcelo de Jesus.

De acordo com o maestro, há um movimento cultural em torno da obra das duas rainhas, nos últimos anos. Na temporada 2019-2020, do The Metropolitan Opera, de Nova Iorque, "Maria Stuarda" está citada entre as obras que serão apresentadas. A estreia recente do filme "Duas Rainhas" (Mary Queen ofScots, 2019) também é reflexo deste movimento.

"A história envolve diversos elementos chamativos para o público. Mary era prima de Elizabeth e tinha direito ao trono da Inglaterra. Porém, Mary era católica e o reino inglês estava dominado pelo protestantismo, defendido por Elizabeth. Há intrigas políticas, sociais e religiosas", pontua Marcelo de Jesus.

O jogo de poder citado pelo maestro é refletido nos cenários de GiorgiaMassetani, nos quais o público poderá reconhecer detalhes de um tabuleiro de xadrez, e também nos figurinos assinados por Fábio Namatame, que faz uma releitura dos trajes usados pela realeza e pelos nobres do século 16.

Obra - Quando estreou em 1835, em Milão, na casa de ópera La Scala, a obra tinha três atos. A versão crítica que será apresentada no Teatro Amazonas tem dois, cantada em italiano."A versão crítica tem um grande primeiro ato, com dois quadros, e um segundo ato, com um quadro. Como sempre no FAO, apresentamos a obra completa, sem nenhum corte", explica Marcelo de Jesus.

Junto a "Anna Bolenna" e "Roberto Devereux", "Maria Stuarda" faz parte das "Rainhas de Donizzetti", obras baseadas no período Tudor (1485 - 1603). O enredo inicia com Mary aprisionada e mostra, desde o início, um grande confronto entre as duas rainhas."Este confronto tem seu ápice quando as duas se encontram e Mary xinga Elizabeth. Tanto Donizetti quanto o libretista Giuseppe Bardari foram transgressores à época, por colocar xingamentos nunca antes vistos numa ópera. Mary diz que Elizabeth é a filha impura de Anna Bolenna e a chama de meretriz, algo bem forte naqueles tempos", ressalta o regente.

Elenco - O elenco de "Maria Stuarda" conta com Tatiana Carlos (soprano), como Elizabeth; Cristina Giannelli (soprano), como Mary; Dhijana Nobre (soprano), como Anna Kennedy; Paulo Mandarino (tenor), como Roberto, conde de Leicester; Fred Oliveira (barítono), como Cecil; e Pepes do Valle (baixo), como Talbot. A italiana Cristina Giannelli já interpretou Mary em três produções.

A ópera "Maria Stuarda" ainda terá apresentações nos dias 10, às 20h, e 12 de maio, às 19h, no Teatro Amazonas.

Sobre o 22º FAO - Em 2019, o FAO celebra o centenário de nascimento de Claudio Santoro com a apresentação da ópera "Alma", do compositor e maestro amazonense. Também estão na programação "Tosca", de Giacomo Puccini; e "Mater Dolorosa", baseada na cantata "StabatMater Dolorosa", de Giovanni Pergolesi. Na semana passada, foi apresentado "Ernani", de Giuseppe Verdi, com casa lotada.

O secretário estadual de Cultura, Marcos Apolo Muniz, ressalta que um dos diferenciais, este ano, é a ampliação do acesso aos espetáculos. O FAO conta com programação nos teatros Amazonas e da Instalação, nos centros culturais Palácio Rio Negro e Palácio da Justiça, em shoppings, hospitais e escolas de Manaus, além de chegar ao interior. "É um espetáculo grandioso e ficamos felizes pela procura do público. Os ingressos, que são bem acessíveis, têm esgotado em todas as apresentações", disse ele.

Os ingressos para o FAO 2019 estão à venda na bilheteria do Teatro Amazonas e pelo site Bilheteria Digital (www.bilheteriadigital.com/teatroamazonas), com valores que vão de R$ 2,50 a R$ 60.

A programação do festival abrange, ainda, o Recital Bradesco, com canções compostas por Claudio Santoro; o projeto "Ópera Mirim"; o encontro "Os Teatros de Ópera e a Economia Criativa na América Latina", voltado para apresentar dados e casos de sucesso sobre a Indústria da Ópera na América Latina; o concerto do Dia das Mães; e Mulheres da Ópera.

Website: http://www.bilheteriadigital.com/teatroamazonas

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