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Coronavírus

Monitor do PIB, da FGV, aponta crescimento de 1,8% da economia no mês de novembro

Resultado foi impulsionado, principalmente, pela recuperação do setor de serviços; terceira onda de covid-19, no entanto, deve abalar resultados dos meses seguintes

19 jan 2022 - 13h34
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RIO - A economia brasileira mostrou bom desempenho no mês de novembro de 2021, impulsionada, principalmente, pela recuperação do setor de serviços. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,8% em novembro ante outubro, segundo o Monitor do PIB, divulgado nesta quarta-feira, 19, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Na comparação com novembro de 2020, a atividade econômica teve expansão de 2,2% em novembro de 2021.

No entanto, a terceira onda de covid-19, provocada pela variante Ômicron, deve abalar os resultados dos meses seguintes, avaliou Claudio Considera, coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).

"O mês de novembro foi diferente, mas não dá pra dizer que isso vai se manter. Dezembro já vai dar uma amenizada nessa variação. As festas do dia 31 (Ano Novo) foram canceladas pelas cidades brasileiras. O mês de dezembro pode não vir tão esplendoroso, pode vir negativo. O próprio resultado do quarto trimestre de 2021 pode ficar negativo", previu Considera.

Na passagem de outubro para novembro, o PIB da agropecuária despencou 15,9%, mas houve expansão na indústria (0,5%) e nos serviços (1,5%).

"Tem alguns aspectos aí: a recuperação do setor de serviços com o relaxamento das medidas sanitárias; teve a Black Friday; a indústria da transformação mostrou reação depois de várias quedas. No entanto, quando você olha o trimestre móvel, ele ainda deu recessão: -0,3% (no trimestre móvel terminado em novembro ante o trimestre móvel encerrado em agosto)", ponderou Considera.

Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias aumentou 0,4% em novembro ante outubro, e o consumo do governo avançou 0,7%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) saltou 19,2%. As exportações subiram 3,4%, e as importações recuaram 0,1%.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

A taxa do PIB acumulada em 12 meses até novembro teve alta de 4,4%, indicando que deve encerrar 2021 por volta deste patamar, estimou Considera.

Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 7,911 trilhões de janeiro a novembro de 2021, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 20,1% no mês de novembro de 2021.

Estadão
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