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Coronavírus

Fábrica da CoronaVac sofre para contratar funcionários

Unidade da Sinovac em Pequim encontra dificuldade por causo do aumento de infecções locais

21 jan 2021 - 13h04
(atualizado às 13h45)
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Uma unidade da Sinovac Biotech em Pequim que fabrica a vacina contra covid-19 CoronaVac afirmou que tem enfrentado dificuldades em encontrar pessoal para expandir a produção devido ao aumento de infecções locais e ao iminente feriado do Ano Novo Lunar.

Unidade da Sinovac em Pequim
24/09/2020
REUTERS/Thomas Peter
Unidade da Sinovac em Pequim 24/09/2020 REUTERS/Thomas Peter
Foto: Reuters

Onze pessoas que vivem no distrito de Daxing na capital chinesa, onde fica a Sinovac Life Science, foram confirmadas com covid-19 entre domingo e quarta-feira, forçando as autoridades a isolar alguns complexos residenciais e lançar um esquema de testes em massa.

"Muitas pessoas não ousam ir ao distrito de Daxing para se candidatar a empregos, nem pessoas de fora de Pequim ousam vir para a cidade para trabalhar", disse Ma Hongbo, gerente de recrutamento da Sinovac Life Science, em um artigo publicado pelo Beijing Talent Market News, apoiado pela autoridade de recursos humanos da cidade.

Estava ainda mais difícil recrutar pessoas com a aproximação do feriado chinês, acrescentou Ma em um artigo publicado na plataforma de mídia social chinesa WeChat na quinta-feira.

Na China, milhões de pessoas viajam de volta para suas províncias para comemorar o Ano Novo Lunar, este ano em fevereiro, tradicionalmente um período devagar para contratações.

A unidade que produz a CoronaVac pretende contratar 980 novos funcionários, incluindo 100 engenheiros de produção, informou o artigo.

O recrutamento mais lento não impedirá a empresa de atingir a meta de capacidade anual de 1 bilhão de doses até fevereiro, já que as novas contratações são para um aumento de capacidade além da meta atual, afirmou o porta-voz da Sinovac Biotech, Liu Peicheng, à Reuters.

A meta de 1 bilhão de doses para fevereiro é para a produção a granel, enquanto a capacidade da empresa de colocar a vacina em frascos ou seringas é menor, declarou Liu.

A Sinovac terceirizou alguns procedimentos de envasamento de frascos e seringas e finalização da embalagem da vacina para parceiros na Indonésia e no Brasil, permitindo a exportação de materiais a granel para reduzir os custos de produção.

No caso do Brasil, o Instituto Butantan aguarda a chegada de insumos da vacina da China para dar continuidade à produção do imunizante.

A Sinovac concordou em exportar mais de 200 milhões de doses combinadas, a granel e também produtos acabados, para a Indonésia, Brasil, Turquia, Chile e outros país. Também despachou mais de 7 milhões de doses na China em 10 de janeiro.

Separadamente, o Jointown Pharmaceutical Group, um distribuidor da vacina da Sinovac na China com sede em Wuhan, disse nesta quinta-feira que enfrentou uma falta de 72 motoristas, mas espera preencher as vagas até 25 de janeiro, sem especificar a causa ou onde ocorreu a falta.

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