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União Europeia defende uma 'declaração firme' do G-20 sobre mudança climática

Na última cúpula, países concordaram em um documento a favor do cumprimento do Acordo de Paris contra a mudança climática, mas EUA se retiraram do texto

28 jun 2019 - 03h11
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OSAKA - O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou nesta sexta-feira, 28, que o G-20 "precisa fazer uma declaração firme" sobre as mudanças climáticas na cúpula que ocorre em Osaka, no Japão.

Juncker se pronunciou após ser questionado em entrevista coletiva sobre as expectativas da declaração final que os líderes do G-20 devem fazer nas reuniões de sexta e sábado. "Precisamos de uma declaração firme sobre as mudanças climáticas", disse, lembrando o fiasco do tema na última cúpula, realizada em dezembro do ano passado, em Buenos Aires.

Naquela ocasião, os países concordaram em um documento a favor do cumprimento do Acordo de Paris contra a mudança climática, embora os Estados Unidos tenham se retirado do texto, depois de o governo de Donald Trump decidir deixar unilateralmente o marco multilateral acordado em 2016 na capital francesa.

A previsível oposição americana torna difícil para o G-20 fechar um texto mais substancial em Osaka. Tanto Juncker quanto o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disseram que as delegações ainda trabalham no texto e esperam progredir.

Ambos evitaram dizer se bloqueariam uma declaração final que não foi firme o suficiente, depois que o presidente da França, Emmanuel Macron, ameaçou não assinar o texto de conclusões de Osaka nesse cenário, já que se trata de "uma linha vermelha" para seu governo. "Se não falarmos do Acordo de Paris, e se para chegar a um acordo na reunião do G-20, não fomos capazes de defender a ambição das metas climáticas, será (um acordo) sem a França", disse Macron, na última quarta-feira, 26, em Tóquio. / EFE

Estadão
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