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Presidentes estrangeiros não são convidados para posses nos EUA, ao contrário do que sugere post

POSTAGEM ENGANA AO FAZER PARECER QUE LULA NÃO FOI CONVIDADO PARA EVENTO OU QUE REJEITOU TRUMP; TRADIÇÃO É CONVITE A CORPO DIPLOMÁTICO EM WASHINGTON

11 nov 2024 - 16h05
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O que estão compartilhando: que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva causou polêmica por ficar de fora da posse presidencial do republicano recém eleito nos Estados Unidos, Donald Trump.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. É fato que Lula não irá à posse de Trump, mas não porque ele não foi convidado ou porque se recusou a ir, como dão a entender postagens virais. Na realidade, o petista não comparecerá ao evento porque os Estados Unidos não costumam receber líderes de governos em posses presidenciais. Por exemplo, na posse de Barack Obama, em 2009, nenhum presidente de país estrangeiro foi convidado; os convites foram direcionados aos embaixadores.

Saiba mais: postagens nas redes sociais sugerem que Lula não vai comparecer à posse presidencial de Trump nos Estados Unidos, marcada para 20 de janeiro de 2025, porque não teria sido convidado. Contudo, as publicações omitem que, na realidade, a prática do país não inclui convidar chefes de Estado ao evento.

Como informado por diversos veículos de imprensa (veja aqui, aqui e aqui), os Estados Unidos não costumam receber presidentes e líderes de nações para posse presidencial. Na verdade, são os chefes de missões diplomáticas que geralmente são convidados para o evento. Isso costuma ocorrer porque há preocupações quanto à segurança do evento, que costuma atrair grande público.

Diplomatas ouvidos pela GloboNews afirmaram que Lula telefonará para Trump daqui a algumas semanas. O telefonema provavelmente será feito após a reunião da Cúpula do G-20, que deve ocorrer entre os dias 18 e 20 deste mês no Rio de Janeiro.

Nas redes sociais, o petista parabenizou Trump logo após o resultado oficial, na última quarta-feira, 6. No comunicado, Lula afirmou que a democracia é "a voz do povo" e que ela deve ser "sempre respeitada". Veja abaixo.

Durante a corrida presidencial nos Estados Unidos, Lula criticou o republicano, ao compará-lo com o nazismo e o fascismo. Em 1º de novembro, o brasileiro declarou apoio à adversária de Trump, a atual vice-presidente e democrata Kamala Harris.

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Comentários das postagens enganosas ressaltam uma eventual ida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao evento de posse em Washington DC como indício de que Lula teria sido "rejeitado". Como já mostrou o Estadão, Bolsonaro está com o passaporte retido. Ele está proibido de deixar o Brasil por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Como lidar com postagens do tipo: informações relacionadas à diplomacia do Brasil com outras nações são constantemente noticiadas pela imprensa, algo que foi feito com o tema da postagem checada. A publicação, no entanto, distorceu o conteúdo verdadeiro para espalhar desinformação. Por isso, é importante confirmar o que foi alegado nas redes sociais em fontes confiáveis. Uma busca pelos termos "Lula", "Trump" e "posse" no Google já retorna uma série de matérias da imprensa que fornecem o contexto adequado da situação.

Estadão
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