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Lula não condenou e nem declarou apoio ao governo iraniano no G7

PRONUNCIAMENTO PRESIDENCIAL DISPONÍVEL NO SITE DO PLANALTO TEM CRÍTICA A OFENSIVAS MILITARES E PREGA O DIÁLOGO PARA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

23 jun 2025 - 17h07
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O que estão compartilhando: postagem no Instagram diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou apoio ao governo iraniano em meio aos conflitos de Irã e Israel. O posicionamento teria acontecido durante a Cúpula do G7, no dia 17 de junho de 2025.

Não houve declaração explícita de apoio ao governo iraniano, diferente do que a postagem no Instagram acusa.
Não houve declaração explícita de apoio ao governo iraniano, diferente do que a postagem no Instagram acusa.
Foto: Reprodução/Instagram / Estadão

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O presidente condenou os ataques israelenses ao Irã, mas não mencionou a retaliação de Teerã. Não houve declaração explícita de apoio ao governo iraniano, diferente do que a postagem no Instagram acusa. O discurso de Lula está disponível na íntegra no site do Planalto (confira aqui).

Saiba mais: O G7 é o encontro dos países mais ricos do mundo, formado por EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. Este ano, o Brasil, a Austrália, aUcrânia, a Coreia do Sul, o México e a Índia foram convidados a participar. O encontro aconteceu entre os dias 15 e 17 de junho, em Kananaskis, Alberta, no Canadá.

O conteúdo verificado aqui diz que, ao invés de pedir paz na Cúpula do G7, o presidente Lula teria "incentivado a guerra no Oriente Médio". A postagem no Instagram completa que o petista teria afirmado na ocasião que é a favor do governo iraniano. Mas isso não é verdade.

Lula discursou na Cúpula do G7 no dia 17 de junho. Não houve transmissão do pronunciamento, mas o Planalto divulgou na mesma data o texto lido pelo presidente.

O mais próximo ao que o conteúdo verificado aqui acusa está no trecho em que o petista diz: "Os recentes ataques de Israel ao Irã ameaçam fazer do Oriente Médio um único campo de batalha, com consequências globais inestimáveis."

O presidente se refere às ofensivas militares iniciadas dia 13 de junho por Israel contra o Irã. Na data, o governo israelense bombardeou diversos alvos iranianos, no que chamou de "ataques preventivos" contra as capacidades militares e o programa nuclear do país persa.

O Irã bombardeou Israel ainda no dia 13, em retaliação. Os dois países vêm trocando ofensivas desde então, sem indícios de recuo.

Veículos de imprensa observaram que Lula não condenou a resposta iraniana em seu pronunciamento. Entretanto, o texto oficial do Planalto mostra que não houve manifestação de apoio de Lula ao governo iraniano, diferentemente do que acusa a postagem no Instagram.

Além disso, Lula ressaltou a presença de membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU "com tradição na defesa da paz". Ele também defendeu a necessidade de Organização das Nações Unidas (ONU) liderar "um grupo representativo de países comprometidos com a paz na tarefa de restituir à organização a prerrogativa de ser a casa do entendimento e do diálogo".

Estadão
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