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Governo federal não anunciou retorno do horário de verão, ao contrário do que afirmam posts

PUBLICAÇÕES NAS REDES SOCIAIS INVENTAM QUE MEDIDA INICIARIA EM NOVEMBRO; MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA NÃO CONFIRMOU VOLTA

2 out 2025 - 12h50
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O que estão compartilhando: que o governo federal teria confirmado o retorno do horário de verão para Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste a partir de 16 de novembro.

Retorno do horário de verão não foi confirmado pelo governo federal, ao contrário do que afirma postagem
Retorno do horário de verão não foi confirmado pelo governo federal, ao contrário do que afirma postagem
Foto: Reprodução/Facebook / Estadão

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. Não houve anúncio oficial do governo sobre o retorno do horário de verão. Em nota enviada ao Verifica, o Ministério de Minas e Energia (MME) não confirmou a volta da medida. A pasta informou que o tema é constantemente avaliado e que "as condições dos reservatórios são favoráveis, evoluindo dentro da normalidade ao longo do período seco". Ainda de acordo com o ministério, estudos até fevereiro de 2026 confirmam o pleno atendimento de energia. Ou seja: não haveria necessidade de uma medida de economia de energia.

Saiba mais: alegações de que o governo teria confirmado o retorno do horário de verão circulam em diferentes redes sociais. Alguns posts afirmam que a medida começaria à meia-noite do dia 16 de novembro e encerraria no dia 15 de março. No entanto, os anúncios são falsos, pois não há confirmação de que o horário será adiantado em uma hora em determinadas regiões do País.

Conforme informou o MME ao Verifica, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) segue acompanhando o sistema elétrico, "subsidiando as autoridades com informações atualizadas para fins da decisão mais adequada".

Suspenso em 2019 por um decreto assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o horário de verão é uma medida que adianta os relógios em uma hora durante os meses mais quentes do ano, com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica e aproveitar a luz do dia. Naquele ano, a decisão de acabar com a prática foi embasada em estudos que indicaram que a iniciativa não produzia mais os resultados esperados para a redução do consumo de energia.

De acordo com informações disponíveis no site do MME (aqui), diante do uso de equipamento de ar-condicionado, foi verificado que os impactos elétricos e energéticos associados ao horário de verão estão relacionados à temperatura e não somente à iluminação. Quanto maior a iluminação natural, maior também a temperatura.

Por esse motivo, o aproveitamento da iluminação natural reduzia o consumo e a demanda energética, enquanto o aumento da temperatura fazia com que o uso de ar-condicionado crescesse, elevando o consumo.

"Estes efeitos eram avaliados conjuntamente e, para os Estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil foi constatada neutralidade dos impactos do horário de verão do ponto de vista do sistema elétrico", afirma a pasta.

Postagens sobre o tema também foram verificadas por Lupa, Reuters Fact Check e Boatos.org.

Estadão
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