'Quero passar longe da guerra', diz Lula sobre conflito entre Israel e Irã
Presidente afirmou que "é da paz" e não quer se envolver no conflito entre países do Oriente Médio; Israel e Irã viveram 12 dias de ofensiva
Lula reafirma seu compromisso com a paz e declara não querer se envolver no conflito entre Israel e Irã, ressaltando posição durante evento sobre aumento de biocombustíveis no Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que "é da paz" e não pretende se envolver no conflito entre Israel e Irã.
Nesta terça-feira, 24, os dois países do Oriente Médio confirmaram o cessar-fogo após ataques dos Estados Unidos ao território iraniano.
No entanto, o presidente norte-americano Donald Trump não descartou a possibilidade de novos conflitos entre as nações no futuro.
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"Não quero brigar com ninguém. Quero passar longe da guerra entre Israel e Irã. Eu não quero encrenca na minha vida. Minha mãe dizia para mim: 'Lula, quando um não quer, dois não brigam'. E eu sou da paz", disse Lula.
A fala do presidente ocorreu durante a cerimônia "Combustível do futuro chegou: E30 e B15", no Observatório Nacional da Transição Energética, na sede do Ministério de Minas e Energia.
No evento, o governo federal anunciou que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou o aumento dos percentuais de biocombustíveis nos combustíveis fósseis: a mistura de etanol na gasolina subirá de 27% para 30% a partir de 1º de agosto, enquanto a parcela de biodiesel no diesel mineral aumentará de 14% para 15%.
As medidas foram tomadas após o conflito militar entre Irã e Israel. O Irã está entre os maiores produtores mundiais de petróleo, refinado para a produção de combustíveis fósseis.
O posicionamento de Lula ocorre em meio ao momento em que as atenções internacionais se voltaram para o conflito entre Israel e Irã, que durou 12 dias e começou com um ataque israelense contra o Irã, deixando 78 mortos e 329 feridos. No dia seguinte, as forças iranianas revidaram.
As ofensivas continuaram até que os Estados Unidos, a mando de Trump, entraram no conflito bombardeando o Irã. Na noite de segunda-feira, 23, o republicano afirmou que os países do Oriente Médio concordaram em cessar-fogo e que esse era o encerramento oficial do conflito. Porém, na terça-feira ambos os lados ainda chegaram a desrespeitar o acordo.
Foi durante a tarde de terça-feira, após 12 dias de ofensiva, que Irã e Israel indicaram o fim do conflito. Tanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, quanto o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmaram que seus respectivos países tiveram uma "vitória histórica".