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Política

'Não sabia que tinha cofre em casa', diz Bolsonaro sobre operação da PF

Ex-presidente afirmou que investigadores encontraram US$ 3 dentro do equipamento

22 fev 2024 - 09h50
(atualizado às 10h07)
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Foto: Marcos Côrrea/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não sabia que tinha um cofre em sua casa e que só descobriu durante a busca e apreensão da Polícia Federal (PF), em 2023, na Operação Venire, que investiga suposta fraude em cartões de vacinação da covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. Segundo Bolsonaro, a PF encontrou US$ 3 (cerca de R$ 15, na cotação atual) dentro do compartimento.

"Perguntaram para mim e para minha esposa [Michelle Bolsonaro] se tinha cofre na minha casa, que é alugada. Eu não sabia que tinha cofre, e minha mulher falou 'tem'. Acharam U$ 3", disse em entrevista na quarta-feira, 21, à rádio CBN Recife.

Bolsonaro comentou sobre a existência do cofre enquanto falava sobre outra operação da PF, a Tempus Veritatis, que investiga tentativa de golpe ao Estado Democrático de Direito. O ex-presidente foi intimado a prestar depoimento, nesta quinta-feira, 22, à corporação sobre o planejamento de golpe. 

À rádio, o ex-presidente ainda ironizou a suspeita de que os R$ 800 mil enviados por ele para um banco dos Estados Unidos no fim de 2022 seria para se manter durante uma tentativa de golpe. "Mandei minha poupança do Banco do Brasil para o BB América. Se alguém quer dar golpe, não manda para os Estados Unidos, esses recursos seriam bloqueados. Manda para paraíso fiscal", afirmou.

Relembre a Operação Venire

A operação investiga um suposto esquema de inserção de dados falsos em carteiras de vacinação contra a covid-19, em sistemas do Ministério da Saúde. Intitulada de Venire, a ação realizada pela PF foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das 'milícias digitais'.

Na ação, a casa de Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão. Seis aliados do ex-presidente foram presos, entre eles o tenente-coronel Mauro Cid. Em acordo de delação premiada, Cid afirmou que o ex-presidente da República ordenou, no final do seu mandato no Palácio do Planalto, que ele fraudasse os cartões de covid-19 no sistema do Ministério de Saúde.

A operação foi deflagrada em Brasília e no Rio de Janeiro. Conforme a PF, os dados falsos teriam sido inseridos nos sistemas SI-PNI e RNDS, do Ministério da Saúde, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. O objetivo era burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelo Brasil e Estados Unidos. Bolsonaro foi para os Estados Unidos no final de seu mandato, juntamente com dois seguranças presos.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

Fonte: Redação Terra
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