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Política

Governo é hostilizado durante debate sobre a Copa no Rio

28 abr 2014 - 22h58
(atualizado às 23h00)
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Manifestantes abriram uma faixa com a frase 'Não vai ter Copa' atrás do ministro
Manifestantes abriram uma faixa com a frase 'Não vai ter Copa' atrás do ministro
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

No Rio de Janeiro para o quinto encontro do evento Diálogos do Governo – Sociedade Civil ( esforço da presidência para mostrar os benefícios trazidos pela Copa do Mundo no País), o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, foi recebido com vaias e confusão. Houve até briga entre os cerca de 200 sindicalistas e ativistas das mais diversas correntes que lotaram o auditório do Sindicato dos Bancários, no centro da cidade, na noite desta segunda-feira.

O encontro chegou a ser interrompido quando integrantes do sindicato dos estivadores, desconfiados de que um dos manifestantes da Frente Independente Popular (FIP) trazia ovos numa bolsa, o interpelaram. O homem, que se identificou apenas como Marcelo, gritou e acusou os sindicalistas de terem tentando levá-lo a força para outra sala. Logo depois, o encontro foi retomado.

Carvalho anotava as críticas realizadas pelos presentes e procurava controlar os ânimos do público, reafirmando que o governo havia demorado a iniciar o debate, mas que o Mundial traria mais prós do que contras. O ministro se alterou quando, após um grupo estender uma faixa com os dizeres “não vai ter Copa” logo atrás da mesa em que estava sentado, um grupo riu em tom de deboche ao seu comentário de que aquela manifestação era uma prova da democracia no País. “Quem está rindo da democracia deve ser amante da ditadura”, disse.

Em outro momento, um manifestante se levantou e colocou um rolo de papel higiênico em frente ao ministro, dizendo que aquele era o seu ingresso para o Mundial, causando comoção na plateia.

O rol de questionamentos ao ministro deixou logo o tema copa, passando pela violência policial, remoções e protestos ligados especificamente à cidade do Rio, como o caso da Aldeia Maracanã e das famílias que brigam na Justiça para permanecer no Horto, propriedade do Jardim Botânico. Carvalho chegou a afirmar que aconteceram apenas oito remoções na cidade de São Paulo e citou o caso da comunidade de Pinheirinhos como exemplo. “Não fiquem gritando atrás de uma faixa. Vão a São José dos Campos para ver o que aconteceu lá”, disse o ministro.

Antes do começo oficial do encontro, Carvalho defendeu que foi criada uma imagem distorcida do legado que os grandes eventos irão deixar para o País. O ministro está percorrendo todas as cidades sedes do Mundial - este é o quinto encontro – e pretende usar os próximos 46 dias até os jogos para mostrar que a Copa no Brasil não é um fracasso.

“O governo federal, ainda que tardiamente, está começando uma campanha de informação. Apostava-se que os estádios não iam ficar prontos; estão todos prontos. Apostava-se que as obras de infraestrutura não iriam ficar prontas. Quem vai ao aeroporto de Brasília fica maravilhado”, afirmou. “Nós somos vencedores. Não há complexo de vira-latas que vá nos fazer perder.”

Fonte: Terra
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