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Polícia

Presos ordenam ataque a ônibus na Grande Belo Horizonte

Veículo foi incendiado em Contagem, no domingo (28); detentos protestam contra falta de água em presídio.

29 jan 2018 - 11h50
(atualizado às 11h51)
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Ônibus incendiado em Minas Gerais
Ônibus incendiado em Minas Gerais
Foto: Divulgação

“Queremos que pare a opressão na Penitenciária Nelson Hungria, falta de respeito dos agentes na visita, opressão do git e falta de água há 48 horas nos anexo. Queremos providências.” Era esse o aviso deixado por três homens ao motorista do ônibus que foi incendiado na madrugada de domingo (28) em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O incêndio ao veículo aconteceu numa avenida de tráfego constante e assustou quem passava pelo local. Segundo informou a Polícia Militar, os criminosos estavam num palio prata e pediram sinal numa parada de ônibus. Ao entrar, um dos homens armados mandou que os funcionários e passageiros descessem e, logo em seguida, jogaram combustível e atearam fogo. Ninguém ficou ferido. Esse foi o terceiro ônibus queimado na RM de Belo Horizonte desde o início do ano .

Bilhete deixado pelos criminosos que incendiaram o ônibus
Bilhete deixado pelos criminosos que incendiaram o ônibus
Foto: Divulgação

A ordem para queimar ônibus nas ruas e avenidas foi dada de dentro da Penitenciária Nelson Hungria, num vídeo gravado por dois detentos. O protesto do bando é contra a falta de água na unidade prisional. De acordo com os presos, não tinha água para lavar as celas, descarga nos banheiros e nem para as visitas beberem.

Um dia antes do incêndio, oito detentos fugiram do presídio logo após o horário de visita. Entre os fugitivos estão envolvidos com o tráfico de drogas e um dos quais seria a conexão entre quadrilhas do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Felipe Souza da Cruz tem 28 anos e foi preso em junho do ano passado depois de ficar sete anos foragido. Comparsas seus chegaram a tentar resgatá-lo e por isso ele foi transferido com escolta reforçada.

A Secretaria de Administração Penitenciária informou que toda a região onde está localizado o presídio foi afetado pela falta de água, mas que o fornecimento já havia sido restabelecido desde a manhã de domingo. A Companhia de Água explicou que o problema foi ocasionado no bombeamento da água e que foi resolvido gradativamente.

Sobre os vídeos, a secretaria afirmou que está investigando para apurar como o celular entrou na penitenciária e os autores da ameaça.

Criminosos fizeram exigências de dentro do presídio
Criminosos fizeram exigências de dentro do presídio
Foto: Reprodução

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