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Polícia

PR: mais uma médica é indiciada por mortes em hospital de Curitiba

A Polícia Civil indiciou mais uma médica do Hospital Evangélico de Curitiba na investigação sobre a suposta antecipação de óbitos na UTI do hospital

5 mar 2013 - 20h54
(atualizado às 21h05)
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Além dos quatro médicos e uma enfermeira presos preventivamente, a Polícia Civil do Paraná indiciou mais uma médica do Hospital Evangélico de Curitiba na investigação sobre a suposta antecipação de óbitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Geral do hospital. Kríssia Camile Singer Walbach, que aparece em gravações conversando com a chefe da UTI, Virgínia Soares de Souza, foi indiciada no inquérito entregue na última segunda-feira ao Ministério Público, acusada de também participar das mortes investigadas.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Marcos Vinícius Michelotto, além de aparecer nos áudios, a médica foi citada em diversos depoimentos de testemunhas. “Ela estava nos Estado Unidos, apresentou-se ontem, prestou depoimento e foi liberada. A prisão temporária não foi pedida, porque esta é uma ferramenta para auxiliar na investigação e o inquérito já estava praticamente concluído, não havendo risco de a médica atrapalhar a investigação”, explicou.

Michelotto não quis dar mais detalhes sobre o inquérito, e afirmou que a polícia já concluiu seu papel. Segundo ele, a palavra, agora, está com o Ministério Público - que tem até a próxima segunda-feira para apresentar a denúncia -, mas declarou que a prova contra os seis indiciados são contundentes. “Totais, já foram indiciados por homicídio qualificado, na lei de crimes hediondos, e formação de quadrilha. Realmente existia uma quadrilha dentro do Hospital Evangélico, que vitimava as pessoas que lá estavam internadas”.

Ironia

Apesar de não falar sobre o inquérito, o delegado-geral aproveitou para, ironicamente, parabenizar o advogado da chefe da UTI do Hospital, Elias Mattar Assad, pela exploração do erro no inquérito da interpretação da escuta telefônica, quando a palavra raciocinar foi confundida com assassinar.

Segundo ele, o erro já estava corrigido no próprio inquérito, mas, ao “vazar” o material para a RPCTV, o advogado omitiu essa página.

“Parabéns para a defesa, parabéns a um advogado experiente que conseguiu explorar isso na mídia, enquanto a polícia se cala, preocupando-se com o clamor social que esse caso trouxe, com a preocupação com a sociedade e com o próprio futuro do Hospital Evangélico, uma vez que muitas das provas que temos, se divulgadas, poderá trazer uma revolta da população para com o hospital, que não merece isso”, disse. “Mas o advogado tem explorado isso, divulgando, inclusive, mídias que não poderia ter divulgado. Viu que existia um erro, reparado nas folhas seguintes, divulgou o erro e não a reparação, a mídia repercutiu e depois teve que corrigir. É um advogado muito habilidoso, mas a verdade está com a Polícia Civil”, declarou.

No mesmo tom, Michelotto criticou a direção do Hospital Evangélico, que ameaçou pedir o afastamento da delegada Paula Brisola, do Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde, que presidiu o inquérito. “Lamentável. Em uma crise como essa, se fosse uma direção responsável, procuraria se unir à Polícia Civil e ao Ministério Público para procurar sanear os erros que ali estavam ocorrendo. O hospital deveria pensar na sociedade e não só em si”, disse. 

Fonte: Especial para Terra
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