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Polícia

Polícia investiga suposta 7ª vítima do pedreiro de Luziânia

10 mai 2010 - 13h03
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Márcio Leijoto
Direto de Goiânia

A Polícia Civil de Goiás cogita a possibilidade de o pedreiro Ademar de Jesus Silva, acusado de estuprar e matar seis adolescentes em Luziânia (GO), entre os dias 30 de dezembro e 22 de janeiro, ter feito uma sétima vítima, o estudante Eric dos Santos, 15 anos. O jovem está desaparecido desde o dia 20 de março e sua mãe teria reconhecido como dele uma bermurda e um chinelo encontrados na casa do pedreiro, depois de sua detenção, no dia 10 de abril.

Ademar de Jesus Silva confessou seis assassinatos antes de, supostamente, cometer suicídio
Ademar de Jesus Silva confessou seis assassinatos antes de, supostamente, cometer suicídio
Foto: Márcio Leijoto / Especial para Terra

Nesta segunda-feira, familiares do adolescente devem ter material biológico coletado pela Polícia Federal (PF) para comparação de DNA com as ossadas encontradas na mata onde Ademar teria enterrado as seis vítimas admitidas por ele. No local, distante dois quilômetros do bairro onde moravam o pedreiro e as vítimas confirmadas pela polícia, foram encontrados apenas seis corpos.

Entretanto, parentes de uma das vítimas encontraram ossos dois dias depois dos peritos recolherem os corpos. Até então, a polícia suspeitava que estes ossos achados depois teriam caído no momento em que os agentes do Instituto Médico Legal (IML) recolhiam os corpos.

A polícia só começou a investigar o sumiço de Eric no dia 20 de abril. Dois dias após Ademar ter sido encontrado enforcado em uma cela na Delegacia de Repressão a Narcóticos (Denarc), em Goiânia. Ele confessou em depoimento à polícia e à imprensa a morte de seis jovens.

"Foi um descaso da polícia (a demora). Se tivesse investigado antes, poderia ter ouvido o maníaco. Agora que ele morreu, como vai saber?", afirmou a tia de Eric, a dona de casa Edite da Silva Carvalho Soares, 47 anos.

A mãe do estudante reconheceu a roupa na semana passada. A polícia acreditava que ele havia fugido para Brasília (DF), onde teria sido visto por testemunhas. Antes do reconhecimento, a polícia afirmou ter informações de que Eric teria comunicado a parentes que iria fugir de casa. "Ele nunca disse isso, não tinha motivo para fugir de casa. A gente sempre desconfiou que ele foi vítima desse maníaco, mas a polícia não dava atenção para nós. Agora, pode ser tarde demais. A mãe dele quando viu a roupa entrou em desespero. Teve de tomar um monte de remédios", afirmou Edite.

Ao contrário dos outros seis jovens, Eric morava em um bairro distante do local do crime. O estudante havia saído por volta de 11 horas para uma aula de dança, no dia 20 de março, um sábado, e nunca mais foi visto. Ele vestia camiseta e a bermuda e chinelo que teriam sido reconhecidos na delegacia pela mãe na semana passada.

As famílias dos seis jovens identificados como vítimas de Ademar aguardam para esta semana o resultado dos exames de DNA que vai identificar os corpos encontrados na mata. Só depois eles poderão ser velados. Na terça-feira, completa um mês desde que as ossadas foram encontradas e recolhidas.

Fonte: Especial para Terra
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