Polícia do RJ afasta comandante de helicóptero que metralhou traficante

A Polícia Civil do Rio de Janeiro afastou nesta segunda-feira o comandante da operação que culminou na morte do traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, segundo reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo. Um dos bandidos mais procurados do Estado, Matemático foi morto em maio de 2012, após ser perseguido por um helicóptero da polícia armado com uma metralhadora. Imagens de uma câmera instalada na aeronave e divulgadas pelo Fantástico mostram os policiais abrindo fogo contra o carro em que estava o traficante à noite, na favela da Coreia, em meio a pedestres. Vários disparos atingiram imóveis vizinhos, mas ninguém se feriu.

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Traficante Matemático morre durante ação em favela do Rio

A perseguição se estendeu por nove quadras da favela. Por quase dois minutos, o helicóptero da Polícia Civil efetuou disparos contra o carro. Em entrevista concedida antes de seu afastamento, o piloto Adonis Lopes de Oliveira, que comandou a operação, alegou que a aeronave havia sido alvejado por bandidos e que, por isso, os policiais reagiram. "A gente entende que foi uma operação legítima, onde um traficante foi morto, um traficante perigoso. Ninguém foi baleado. Nenhum morador foi baleado. E o objetivo foi alcançado", afirmou o comandante. A conduta dos policiais chegou a ser investigada, mas o caso foi arquivado em novembro de 2012. Diante da divulgação das imagens, o Ministério Público Estadual pediu a reabertura do inquérito, por considerar a ação "irresponsável". "Essa imagem nos leva a admitir a possibilidade de que tenha havido uma ação desproporcional", afirmou Marta Rocha, chefe da Polícia Civil, que anunciou a reabertura das investigações.