Marcinho VP e Beira-Mar são ouvidos por ataques ao AfroReggae
Traficantes estão isolados na penitenciária de Catanduvas depois de suspeita de ligação com os ataques no Rio de Janeiro
Os traficantes Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar serão ouvidos nesta terça-feira em Catanduvas, no Paraná, pelo delegado Márcio Mendonça, da Delegacia de Combate às Drogas do Rio de Janeiro, por terem sido acusados de mandar incendiar a sede do AfroReggae no Complexo do Alemão em 16 de julho. Uma gravação feita pelo Departamento Penitenciário Nacional revelou uma conversa entre os traficantes, que estão em isolamento e não podem tomar banho de sol.
Na madrugada da última segunda-feira, a polícia prendeu Eduardo Martins Dias, o Dudu, 32 anos, um dos suspeitos de ter atacado a tiros a sede da ONG na Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão, no último dia 1º de agosto. Dudu foi preso com 1 quilo de maconha na Vila da Penha e já tem passagem pela polícia por tráfico de drogas.
Na semana passada, o líder do AfroReggae, José Júnior, reabriu o núcleo da Grota depois de receber apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB) e da cúpula da Secretaria de Segurança. Junior disse na ocasião que fechar o núcleo do AfroReggae seria deixar o tráfico ganhar a batalha pela paz.
A pousada que a entidade estava construindo no Alemão foi vítima de um incêndio criminoso no mês passado e de tiros de fuzil na última segunda-feira. José Junior pretende abrir a pousada, mas ainda não tem data para que as obras de reparo comecem.