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Polícia

Justiça do Rio manda soltar mulher de Marcinho VP e mais 2

27 abr 2011 - 17h53
(atualizado às 17h55)
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A 2ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro concedeu nesta quarta-feira liberdade a Márcia Gama dos Santos Nepomuceno, mulher do traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, presa desde 26 de novembro do ano passado. A Justiça também mandou soltar Henrique Matheus Oliveira, secretário de Márcia, Luiz Claudio Santana, apontado como membro da facção criminosa Comando Vermelho.

O trio foi beneficiado pela revogação da prisão de Paula Vieira da Silva, mulher do traficante Marcio Batista, o Dinho Porquinho, que está preso. Todos respondem a processo na 34ª Vara Criminal por lavagem de dinheiro para o tráfico de drogas.

A decisão em favor de Paula Fernanda mobilizou ontem o Ministério Público e até membros do governo estadual, porque a revogação da prisão também poderia beneficiar Marcinho VP, apontado como mentor dos ataques que espalharam o pânico no Rio, em novembro de 2010, e resultaram na invasão e retomada dos complexos do Alemão e da Penha pelas forças de segurança. Mesmo que o criminoso ganhe o direito à liberdade, ele provavelmente continuaria preso por responder a outros processos.

Entre os oito imóveis identificados pela Polícia Civil ao longo de mais de um ano de investigações, está uma mansão no Pechincha, Jacarepaguá. Segundo corretores da região, a casa é avaliada em cerca de R$ 800 mil. Outros endereços foram descobertos pela polícia como sendo de propriedade da família de Marcinho VP, entre eles, outra mansão em Araruama, região dos Lagos.

Violência no Rio

O Complexo do Alemão foi ocupado pelas forças de segurança no dia 28 de novembro de 2010. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência, numa ação conjunta da Polícia Militar, Civil, Federal e Forças Armadas. A polícia investiga uma possível fuga de traficantes pela tubulação de esgoto do Alemão antes dos policiais subirem o morro. Dias antes, a polícia assumiu o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambos dominados, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho. As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques, que começou na tarde do dia 21 de novembro. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados por criminosos nas ruas do Rio de Janeiro.

Fonte: O Dia
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