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Polícia

Filha de ex-presidente da Portela diz que inquéritos sobre morte de seu pai teriam sumido

Em depoimento, Marcelle Guimarães disse que soube da informação pelo então delegado Brenno Carnevale, hoje secretário de Ordem Pública

26 mar 2024 - 12h41
(atualizado às 12h48)
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Foto: Reprodução: Redes Sociais

Durante as investigações sobre os mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, Marcelle Guimarães trouxe à tona uma revelação importante. Em seu depoimento ao Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), ela mencionou que o delegado Brenno Carnevale, atual secretário de Ordem Pública do Rio de Janeiro, teria feito menção ao desaparecimento de um inquérito relacionado à morte de seu pai, Marcos Vieira de Souza, conhecido como Falcon -- ex-policial militar e presidente da Portela, que foi assassinado em setembro de 2016.  As informações são do jornal Extra. 

Carnevale trabalhou na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) entre 2016 e 2018, período em que esteve encarregado de investigar homicídios envolvendo agentes públicos. O delegado também prestou depoimento ao Gaeco, onde relatou excesso de burocracia e problemas operacionais.

Em um dos depoimentos, o delegado relatou que, durante o período em que esteve na DH, não recordava de "qualquer homicídio esclarecido que tenha resultado na prisão ou denúncia contra um contraventor ligado ao jogo do Bicho". No que diz respeito à investigação da morte do ex-presidente da Portela, Carnevale mencionou que Rivaldo Barbosa frequentemente questionava sobre os avanços da investigação, solicitando ser informado sobre qualquer novidade relacionada ao caso.

Durante as investigações, Marcelle Guimarães, filha de Falcon, revelou que Carnevale confidenciou a ela que Rivaldo pediu para "não mexer em nada e passar diretamente para ele". O relatório da Polícia Federal também menciona que o delegado confirmou o relato da filha de Falcon. 

"Breno teria dito que quando foi juntar os inquéritos de Falcon e do ex-policial militar Geraldo Pereira, tudo teria desaparecido", afirmou Marcelle. O crime ocorreu em setembro de 2016.

O governo do Rio divulgou uma declaração afirmando que "a possível participação de agentes públicos neste crime será investigada minuciosamente, e aqueles envolvidos serão punidos com todo rigor da lei como exemplo".

O Terra entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), e aguarda retorno.

Fonte: Redação Terra
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